Resultado e jogo

De vez em quando, alguém escreve por aqui, que eu sou analista de resultado. Quem me censura, não faz uma leitura correta do que escrevo. Nunca fui de analisar o jogo só sob o aspecto técnico, porque se mecanizam as palavras. E, porque se fosse assim, qualquer análise teria que investigar o justo e o injusto, alienando o resultado.
E, se admitisse que sou analista de resultado, não estaria errado. Na falta de projeto dos clubes no futebol brasileiro, o que sobra é mesmo o resultado, isso se conseguem.
E vejam seu eu não tenho razão. Há, algum coxa, entre os mais de 20 mil, que foram ontem ao Couto Pereira, que não saiu contrariado de ver o empate sem gols com o sofrível Bahia? E, no entanto, se fizesse aquele gol que Iago perdeu na última bola do jogo, todos sairiam submetendo a desprezo, o péssimo futebol que fizera o time de Pachequinho. Estariam até agradecendo em forma de ironia, a ajuda do árbitro que não marcou um pênalti de Kléber e não o expulsou, ainda, no primeiro tempo.
A aparência que o Coritiba mostrou no início já não foi das melhores. Soberbo, parecia jogar mais do que pode. Quando se viu em campo, estava taticamente amarrado pelos baianos, que não precisaram mais do que fechar os espaços pelos lados e pela meia esquerda. E, assim, o time coxa, acostumado a uma única batida, não tinha saída de jogo, pois Wiliam Matheus não jogou. Essa falta esvaziou a única jogada de ataque, que é com Rildo, afogando Galdezani como surpresa e inutilizando Kléber, que voltou a usar de violência, agora cuspindo no zagueiro Edson. Ambos foram expulsos.
O segundo tempo, no aspecto tático, o Bahia era mais objetivo. Com seu jogo protegendo a zaga, impôs-se com o excelente meia Renê Júnior, o melhor em campo.
O jogo se arrastou, com uma ou outra jogada, que produziu só resto de esperança com os gols perdidos por Zé Rafael e Iago. E nada mais.

Vitória e jogo

O Furacão volta a jogar, agora, contra o Atlético Goianiense.
Conduzido pelo acaso, venceu o Galo.
Uma vitória, que pelos fracassos anteriores carrega a característica de ocasional, não pode confundir o treinador Eduardo Baptista.
O Atlético precisa voltar a jogar.