Fatos

1º – Ao justificar o rebaixamento do Coritiba no Brasileiro, o presidente Bacellar assumiu a responsabilidade. Mas a culpa, que é o elemento que importa, jogou para o treinador Marcelo Oliveira e os jogadores. No futebol não há diferença: a responsabilidade da derrota origina-se na culpa do comando.

O que me chamou a atenção na entrevista foi o fato do presidente Bacellar admitir que o Coritiba deve os mesmos 200 milhões que estava devendo quando assumiu. Não é a mesma coisa, há diferenças.

Uma coisa é dever 200 milhões com o clube jogando a 1ª Divisão. A outra é dever 200 milhões com o time na segundona. Lembrei do saudoso Anibal Khoury, quando tratava da dívida do Atlético. Repórter de rádio, perguntei: e as dívidas do Atlético, como estão, Presidente?”. Respondia: “Fique calmo. Está consolidada.”
Até hoje não entendi. A partir de amanhã, a coluna vai tratar da eleição do Coritiba.

2º – Uma coisa nem eu posso negar: Mário Celso Petraglia é mesmo inteligente e matreiro. Decepcionado (e com razão) com as contratações de Paulo Autuori, mas não querendo demiti-lo por uma lealdade improvável, o doutor usou uma velha máxima atribuída ao cinismo de Maquiavel: os fins justificam os meios.

Oferecendo um salário que o Atlético jamais pagou (e jamais pagará) até o final de 2019, convidou Autuori para assumir o cargo de treinador. Autuori, concluindo que o convite era um pouco esquisito, foi embora.

3º – A notícia é velha, já foi dado pela coluna: Matheus Costa não aceitando ser assessor de Wagner Lopes, no comando técnico do Paraná, foi embora da Vila. Há quem imprima com um ato de injustiça depois do trabalho do jovem.

Entendo que o Paraná acertou na saída de Matheus do cargo, da mesma forma que está errando na volta de Lopes. Não é técnico de Primeira.

4º – Se é verdade que o Atlético está contratando Carleto para a lateral esquerda, começa errando. Para quem prestou atenção nos jogos do Coritiba, Carleto foi um desastre: não cobre, não marca e não apoia com a bola, limitando-se a ter um chute forte, nem sempre preciso. Dirão que ele ganhou a “Bola de Prata”. Isso não quer dizer nada para um campeonato que teve Jô como o “Bola de Ouro”.