Fatos

1º) O Atlético inicia o cadastramento dos sócios para o acesso biométrico na Arena da Baixada. Através do método, o sócio com mais de uma cadeira terá obrigatoriamente que indicar terceiros que possam vir a ter o benefício da cessão. E, depois, se o sócio pretender mudar o nome do beneficiado terá que se submeter a uma carência de 180 dias.

O novo sistema pode ser moderno, pode até atender o objetivo de fundo, que é o de dar segurança à torcida. Mas é absolutamente ilegal. Ao exigir que o sócio titular indique o nome de um beneficiário, limita o exercício do direito de propriedade, que é o fundamento central dos direitos fundamentais da nossa Constituição. Após o direito de uso da cadeira se incorporar a sua esfera patrimonial, e desde que esteja em dia com a sua obrigação de pagamento, o sócio pode dele livremente dispor. Qualquer sócio que for à Justiça derruba essas condições do novo método do Furacão. A ilegalidade não está no método, mas nas condições impostas.

Para ser moderno não precisa ir contra a lei.

Com o bom Wilson no gol, com dois excelentes laterais – Léo e William Matheus -, com Anderson e Tomas no meio-campo e um número razoável de atacantes de qualidade, o Coritiba está precisando é de zagueiros e volantes. O que tem é fraco. Já estão há tempos e o time continua vulnerável na marcação, escancarando ainda mais a frágil defesa. Dos atacantes, Henrique Almeida vai sobrar por Kleber e mais um, que é Alecsandro.

Pensei, ponderei e, mesmo com boa vontade, não entendi a razão do Paraná levar esse grande jogo contra o Atlético Mineiro para o Couto Pereira. A sua torcida não irá apenas por ser no Couto, mas por ser o Paraná. E se a referência está na força do Galo, houve engano. O Atlético Mineiro não tem torcida fora de Minas Gerais. Se fosse contra um gaúcho, um carioca ou um paulista, o critério estaria correto. Para ter 12 mil pessoas, o Paraná não precisava sair da Vila. E, ainda, teria ampliado o fator campo.

Quanto dará no Couto?

Mas, que será um jogo interessante, ninguém pode negar.