Época preferida de muita gente, o Natal traz uma atmosfera diferente. Em dezembro, são ruas iluminadas, casas enfeitadas e pessoas mais abertas às emoções. É como se uma magia se espalhasse pela cidade, mas não por acaso. Por trás de cada enfeite há alguém que se dedicou à tarefa. Um bom exemplo dessa dedicação, de pessoas que atuam para deixar o fim de ano de desconhecidos mais feliz, é a Caravana da Coca-Cola.
A caravana é uma das atrações de Natal mais aguardadas em diversas regiões do Brasil. Ao ver as carretas iluminadas, embaladas por músicas natalinas e com a presença do Papai e da Mamãe Noel, muitos não imaginam o trabalho intenso que começa meses antes do início das viagens.
No Sul e parte do Sudeste e Centro-Oeste do país, o projeto é realizado pela Coca-Cola FEMSA Brasil, em parceria com a agência de Curitiba Promo+Plus há mais de uma década. A atração consiste em um comboio com cinco carretas de 12 metros viajando por muitos quilômetros. Neste ano, algo inédito é a montagem de duas caravanas iguais, que dividiram as rotas entre sul e sudeste para circular em 93 cidades nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Trabalhando diretamente nas caravanas estão cerca de 60 pessoas, que vão desde o motorista, aos técnicos de operação e o elenco, composto pela Mamãe e Papai Noel e uma bailarina. Esse grupo está desde o dia 12 de novembro na estrada, passando pelas cidades e espalhando alegria. A viagem termina pertinho da véspera de Natal, nesta terça-feira (23/12), em Curitiba, Araucária e São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense.
O Gerente de Experience & Prestige Accounts da Coca-Cola FEMSA Brasil, Luciano Sá, destaca que nesta terça será a primeira vez que duas caravanas iguais terminam as rotas e se encontram em Curitiba e cidades da região metropolitana. “A cada ano a gente vai subindo mais a régua. Eu falo que as caravanas viraram uma atração cenográfica muito digna de uma Disney, por exemplo. A gente tem essa preocupação muito grande de trazer itens muito bem pensados, planejados, para que as pessoas se encantem com aquilo”, afirma.
+ Confira os trajetos desta terça-feira em Curitiba, Araucária e São José dos Pinhais.
Quem vivencia o impacto da estrutura natalina de perto é Fabrício Duarte Gomes Jardim. Morador de Curitiba e integrante da coordenação da Caravana da Coca-Cola FEMSA Brasil pela Promo+Plus, ele participa do projeto há três anos.
Ele relembra que um colega o convidou para trabalhar no evento em uma época que ele não tinha uma ligação muito forte com o Natal. Porém, a data tinha um significado especial para a mãe de Fabrício, já falecida. Pensando nela e refletindo que “talvez ela tivesse gostado” de saber do envolvimento dele com a ação, resolveu embarcar na jornada.
Na percepção de Fabrício, assim como ele, as pessoas não ligavam muito para o Natal. Mas bastou as primeiras viagens com a caravana para ele perceber o contrário: os cinco caminhões passando pelas ruas provocavam um grande impacto nos lugares.
“Eu não tinha noção do quanto realmente as pessoas gostavam, se empolgavam e se emocionavam com isso. Depois do primeiro ano que eu tive essa ideia eu fiquei chocado mesmo. Tem lugares que a gente vai que praticamente para a cidade, cidades pequenas param. As pessoas se arrumam, se enfeitam para ir na rua assistir a caravana”, conta.


Emoção recolhida na estrada
Ao longo do caminho não faltam momentos marcantes de interação com o público. Fabrício lembra da passagem por uma casa de repouso em Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul.
“Falaram para darmos uma passadinha perto do asilo. Quando a gente chegou lá, pediram para a gente parar uns minutinhos. Estavam todas aquelas pessoas arrumadinhas, todas felizes, esperando o Papai e Mamãe Noel. A maioria das pessoas se emocionou. Porque a gente não espera tudo isso. São cinco caminhões passando em uma cidade e isso para algumas pessoas é tão representativo, você vê pessoas chorando, se emocionando com o que está acontecendo”, relata.
Outro exemplo memorável para ele foi em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. O público estimado era de 65 mil pessoas, o que exigiu reforço policial e mudanças no trânsito para que as carretas conseguissem avançar. Segundo Fabrício, neste ano situação semelhante aconteceu na zona leste de São Paulo, incluída no circuito pela primeira vez após anos.
Ele nota que é justamente nos bairros mais simples que o impacto parece ainda maior. “Você vê crianças boquiabertas quando elas vêm os caminhões iluminados, o Papai Noel, a música, as buzinas. É tudo muito rápido, mas é muito emocionante”, garante.
Apesar da rotina intensa, a emoção compensa. “A gente lembra também das pessoas que estavam com a gente, que fazem parte ou fizeram parte da nossa família. É impossível não lembrar disso. E quando você vê as pessoas emocionadas, também pensa ‘poxa, essa pessoa talvez tenha perdido alguém que fazia parte desse momento com ela’. Então acaba vindo essa emoção também”.
Coca-Cola e o Natal
Gerente de Experience & Prestige Accounts da Coca-Cola FEMSA Brasil, Luciano Sá revela que a caravana nasceu com o objetivo de aproximar o Natal das pessoas e celebrar valores, como união esperança e convivência. Como a presença da Coca-Cola nas festividades é um fator consolidado, ao pensar em formas de levar a magia do Natal para o público, a escolha do caminhão – ícone proprietário da empresa – se tornou óbvia.
“As pessoas veem o caminhão rodando pela rua todos os dias do ano. [Decidimos] transformar esse instrumento de trabalho, que é o ícone da marca, para ser uma Caravana de Natal, comemorando todo aquele percurso que faz durante o ano até o cliente e esse cliente chega até a casa do consumidor”, explica Luciano.
Como as rotas da caravana são escolhidas?
Luciano explica que uma combinação de fatores é levada em consideração na hora de definir o roteiro da Caravana da Coca-Cola FEMSA Brasil, como segurança, viabilidade operacional e proximidade com pontos de grande circulação.
“Todo o trajeto sempre tem a partida ou chegada de um grande supermercado, onde conseguimos ter esse fluxo de pessoas. O objetivo é garantir que o maior número de pessoas possível possa vivenciar essa experiência da caravana. A gente pondera muito isso”.


O que pode parecer algo simples de executar envolve muitas pessoas e tempo. Diretora de Planejamento da Promo+Plus, Samara Ribas, revela que o projeto leva cerca de seis meses de estruturação. O processo geral reúne mais de 150 profissionais de vários estados. Com uma parceria de mais de uma década, ela celebra os resultados de cada ano.
“Ao olhar para trás, vemos não apenas o tempo que passou, mas o impacto que tivemos em cada pessoa que presenciou a passagem da Caravana de Natal. É impossível não se emocionar ao ver ela passar. A sensação de surpresa e encantamento de ver o Papai Noel, mesmo quando se é adulto, e como isso resgata a magia e as memórias da infância”.
Quando a Caravana da Coca-Cola volta para casa
Depois de tornar o Natal de muitas pessoas mais especial, os viajantes voltam para casa a tempo de celebrar a véspera da data com a família. Fabrício garante que o retorno nunca é o mesmo.
“A gente conversa com todos, mas Papai Noel e Mamãe Noel principalmente, que estão ali o tempo todo muito felizes com as pessoas, eles falam muito sobre estar nesse momento trazendo alegria, felicidade para todo mundo e depois poder compartilhar com a família. Se torna diferente o [significado] de compartilhar a noite de Natal com a própria família”, revela Fabrício.



