Cinema Fantástico de Curitiba

Com estreia apocalíptica, Djanho! inicia programação para “tacar o terror” em Curitiba

“Ogiva – O Mundo Não é Mais Nosso” marcou a abertura do DJANHO! Foto: Reprodução.

Na noite desta quarta-feira (29/10), a estreia do longa-metragem “Ogiva – O Mundo Não é Mais Nosso” marcou a abertura do DJANHO!, a Mostra Internacional e Interbairros de Cinema Fantástico de Curitiba. Com pouco mais de 1h30 de duração, o filme abriu o festival com uma sessão esgotada — a primeira na história do evento — e deu o tom do que promete ser uma edição que vai, literalmente, “tacar o terror” na cidade.

Acompanhado da irreverente CapiDjanha, mascote oficial do evento, o cineasta e criador do festival, Paulo Biscaia Filho, deu início à programação no Cine Passeio. Com bom humor e clima de celebração, Biscaia saudou o público e revelou que a escolha do filme de abertura foi simbólica: “Ogiva” representa perfeitamente o espírito do festival e o que ele chama de um verdadeiro “piá do djanho”.

Dirigido por Cadu Rosenfeld, o longa transporta o público para um mundo futurista pós-apocalíptico, devastado por ogivas nucleares lançadas para eliminar criaturas alienígenas que invadiram a Terra. Nos primeiros minutos, ao exibir imagens de governantes de potenciais mundiais e de flashes de uma Terceira Guerra Mundial, já escancara: parte da culpa é nossa.

A protagonista, Pilar (Sara Antunes), atravessa esse cenário desolado em modo automático após perder a filha. Baseado no quadrinho homônimo da editora Pipoca & Nanquim, o filme mistura ficção científica, suspense e horror em uma narrativa dividida em quatro partes e um epílogo.

Passando pelo drama, pela ação e pelo suspense do tipo de roer as unhas, o distopia trata também de temas não tão distópicos assim, como o fanatismo religioso infundado. A surpresa é a qualidade do visual e do design das criaturas, que remetem a uma mistura dos clássicos “Alien” (1979, Ridley Scott) e “Independence Day” (1996, Roland Emmerich).

Foto: Julia Moreira/Tribuna do Paraná

O visual merece ser celebrado, já que a produção se destaca por sua trajetória independente: foi uma das maiores campanhas de financiamento coletivo do cinema brasileiro, arrecadando R$ 540 mil com o apoio de mais de 4 mil colaboradores.

O que esperar dos próximos dias?

A estreia deixou expectativas para surpresas agradáveis nos próximos dias de festival, especialmente para o longa-metragem “da casa”, que estreia neste domingo (2/11), às 17h, no Cine Passeio.

O curitibano “Aloha, Malandro”, dirigido por Evandro Scorsin, mistura humor ácido e violência cotidiana para contar a história de Jairo, um homem falido que sonha com uma vida tranquila no Havaí, mas acaba se enredando em um assalto, um romance improvável e uma sequência de crimes acidentais. Mais um autêntico “piá do djanho” perdido entre o caos e o acaso.

Entre as produções paranaenses, o festival também exibe uma safra vigorosa de curtas, como “Tente Sua Sorte”, de Guenia Lemos, estrelado por Caroline Roehrig (recém-premiada como Melhor Atriz no Los Angeles Brazilian Film Festival); “Ecos do Passado”, de Ales de Lara; e “A Modelo”, de Luiz H. Costa, livremente inspirado em H.P. Lovecraft. Essas produções, ao lado de obras estudantis e independentes, consolidam o Djanho! como uma das principais vitrines do cinema de gênero produzido no Paraná.

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