De fritar a cabeça

De derreter: curitibanos e turistas apelam a sorvete e chopinho para driblar calorão

O casall Ricardo Gomes e Thaiana Gomes da Bahia se surpreendeu com o calor em Curitiba. O jeito foi apelar a um chopinho. Foto: Hedeson Alves

Com a temperatura próxima dos 30°C nesta segunda-feira (30), os curitibanos buscam amenizar o calor de várias maneiras. E não só quem é da cidade. Os turistas que passeiam pela capital paranaense, conhecida nacionalmente pelo frio, também estão tendo de recorrer a um sorvetinho ou um chope para se refrescar. Gente, inclusive, de locais tradicionalmente quente, como o Nordeste brasileiro.

No quiosque de uma rede mundial de fast food no Centro de Curitiba, o volume chega a 3 mil sorvetes comercializados em um único dia de calor no verão, incluindo a tradicional casquinha e milk shake. Em um dia normal, o quiosque vende no máximo mil sorvetes.

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Para atender toda a clientela que aguarda em filas, os funcionários precisam estar alerta a tudo. Desde a preparação, atendimento e até o modo de servir o sorvete rapidamente é pensado. A atendente Ellen Kauane, 19 anos, relata que a preparação física também é importante. “Não é fácil e exige muito da gente. Ficamos das 11h às 19h em pé. Pernas e tornozelos ficam inchados, mas vale o sacrifício”, confessa Ellen.

O calor também é uma estação do ano que aproximam familiares e amigos. Passeios em grupos em parques, shoppings e também nas ruas do Centro levam a companhia de um sorvetinho. Edenilson Teixeira, de 39 anos, é montador de veículos e aproveitou o recesso no trabalho para levar o filho Rafael para um momento juntos. “Estamos aproveitando e é preciso se refrescar. Saímos do bairro Capão da Imbuia de bicicleta e agora chegou a hora do sorvete”, relata Edenilson.

Edenilson Teixeira aproveitou a folga para dar uma volta de bike com o filho. Mas para fugir do calor, só com um sorvete. Foto: Hedeson Alves / Tribuna do Paraná

Além do sorvete, a hidratação é essencial para evitar prejuízos para a saúde. O corpo humano é composto de cerca de 60% de água e a perda de água pode levar a desidratação. Sintomas como fraqueza, tontura, dor de cabeça e cansaço podem ser evitados se a recomendação de se consumir ao menos 2 litros de água por dia for seguida.

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Ricardo Gomes e Thaiana Gomes moram em Salvador, na Bahia, e estão acostumados com altas temperaturas. No entanto, o casal não esconde que esperava pelo menos um ventinho na capital paranaense para refrescar. “Até pensei que ia pegar um friozinho. Com o calor, temos que estar bem hidratados e isso sabemos bem. Seja com água ou chope”, brinca Thaiana, que tomava um chopinho com o marido em um dos bares no calçadão da Rua XV de Novembro.

Sombrinha sem chuva

A sombrinha é basicamente utilizado para se proteger da chuva, mas com o sol forte na cabeça, está fácil encontrá-las nas ruas de Curitiba nos últimos dias. A aposentada Neocilda Neiva,de 73 anos, trouxe do Norte do país este costume. “Eu nasci no Pará e desde criança faço isso. Lá é muito comum a proteção com a sombrinha, pois nem sempre tínhamos o protetor solar”, diz a aposentada que estava ao lado da neta Letícia no calçadão da Rua XV.

Nelcida Neiva passou para a neta Leticia o costume que trouxe do Pará de usar a sombrinho para se esconder do sol forte.; Foto: Hedeson Alves

Entretanto, a sombrinha e o guarda-chuva têm tudo para serem utilizados da maneira tradicional nos próximos dias. A previsão do Instituto Simepar é de que o calor continue até a entrada de 2020, com os termômetros perto dos 30°C. Mas um alerta: há previsão de chuva já no primeiro dia do ano, na quarta-feira (1.°) em Curitiba e no litoral do Paraná. O tempo, aliás, já começa a ficar instável justamente na noite do dia 31 de dezembro para 1.° de janeiro.