Saúde em risco

Hábito comum na cozinha pode provocar intoxicação alimentar; entenda

Lavar o frango antes de cozinha pode ser perigoso para a saúde (Imagem: New Africa | Shutterstock)

No Big Brother Brasil 2024, o participante Davi Brito tem mostrado um grande potencial culinário, assumindo o papel de chefe de cozinha da casa. Entretanto, enquanto preparava o almoço, ele colocou os pedaços de frango na cuba da pia e os lavou, gerando diversas discussões online.

Segundo a Dra. Marcella Garcez, nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, o frango não deve ser lavado em hipótese alguma, nem na cuba da pia, nem em qualquer outro recipiente. “Isso porque a prática favorece a proliferação de microrganismos nocivos que são espalhados junto com a água nas superfícies ao redor, aumentando o risco de contaminação cruzada de outros alimentos e, consequentemente, de intoxicação alimentar“, explica. As bactérias, por outro lado, são eliminadas com o calor durante o preparo do alimento.

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Sintomas de intoxicação alimentar 

De acordo com a nutróloga, a intoxicação alimentar ocorre justamente quando uma pessoa ingere alimentos ou bebidas contaminados por microrganismos prejudiciais, toxinas ou produtos químicos. Os sintomas de intoxicação alimentar podem variar dependendo do agente causador, mas geralmente incluem náuseas, vômitos e diarreia, dor abdominal, febre, mal-estar geral, com fraqueza, fadiga e dores musculares.

“Esses sinais podem surgir de algumas horas a alguns dias após a ingestão do alimento contaminado, pois o tempo de incubação varia dependendo de fatores como o agente patogênico envolvido, a quantidade de microrganismos ingeridos e o estado de saúde geral do indivíduo”, diz a Dra. Marcella. 

Mulher bebendo água em copo de vidro
Em casos leves de intoxicação alimentar, o tratamento consiste principalmente na hidratação oral e repouso (Imagem: Krakenimages.com | Shutterstock)

Tratamentos para intoxicação alimentar

Nos casos mais leves de intoxicação alimentar, que tendem a durar pouco tempo e não causam desidratação, a endocrinologista Dra. Deborah Beranger explica que o tratamento consiste principalmente na hidratação oral e repouso. “É importante também evitar alimentos que podem aumentar o quadro de diarreia, como aqueles ricos em gordura e leites e derivados”, afirma.  

Já em casos mais graves e persistentes, que duram por dias e são acompanhados de desidratação, vômitos, febre alta e diarreia acentuada, é fundamental buscar ajuda médica. “Nesses casos pode ser necessária internação para administração de hidratação venosa, reposição de eletrólitos, principalmente sódio e potássio, e uso de medicamentos para melhorar o enjoo e a cólica intestinal. Normalmente, remédios para diarreia não são indicados, pois esses patógenos têm que ser eliminados do organismo”, diz a médica. 

Outros fatores que causam intoxicação 

E lavar o frango não é a única causa da intoxicação alimentar. “Além da contaminação cruzada e da ingestão de alimentos contaminados por a bactérias, vírus, parasitas, toxinas e produtos químicos, a intoxicação alimentar também pode ser causada por fatores como consumo de água contaminada, armazenamento inadequado dos alimentos e falta de higiene pessoal durante o preparo”, diz a Dra. Marcella Garcez.

Principais formas de prevenção 

Para prevenir a intoxicação alimentar, é importante consumir frutas, verduras e legumes frescos e higienizá-los bem, consumir somente água filtrada, sempre lavar as mãos antes de manipular os alimentos e saber a procedência dos alimentos, principalmente daqueles que serão consumidos crus. “Tome muito cuidado também com a tábua de corte, pois é comum que elas fiquem contaminadas com bactérias, levando assim a contaminação cruzada”, recomenda a Dra. Deborah Beranger.

Outra dúvida comum das pessoas é com relação ao ovo. “É sempre importante guardar o ovo dentro da geladeira, nas prateleiras e não na porta, pois a oscilação de temperatura facilita a contaminação. Além disso, o ovo pode ser lavado, mas somente na hora do consumo, pois a umidade aumenta a chance de proliferação quando ele é guardado na geladeira após a higienização”, completa a endocrinologista. 

Por Maria Claudia Amoroso

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