Moradores de Curitiba e Região Metropolitana que sofrem de depressão podem participar de um tratamento médico gratuito. O centro de pesquisa TrialTech está selecionando voluntários para um estudo clínico que investiga um novo medicamento com grande potencial de auxiliar no tratamento da doença.
Desenvolvido por um renomado laboratório internacional, o medicamento já apresentou resultados positivos em estudos preliminares. “Este medicamento tem se mostrado muito promissor. Caso a eficácia seja confirmada nesta fase, poderá estar disponível em farmácias em médio prazo”, explica o Dr. Hamilton Grabowski, médico psiquiatra e pesquisador da TrialTech.
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Os critérios para participar são:
- morar em Curitiba ou Região Metropolitana
- ter de 18 a 65 anos (ambos os sexos), com episódio de depressão atual (de até 12 meses) e ter feito uso de no máximo um medicamento.
A inscrição é feita pelo telefone (41) 99206-1583 e a validação da participação acontece após a triagem dos candidatos. A expectativa é selecionar ao menos 20 pacientes em Curitiba. Além da capital paranaense, o estudo também ocorre em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e em outros cinco países.
Como funciona?
O estudo tem duração máxima de um ano e é realizado em duas etapas. Na primeira, chamada dupla cega placebo, parte dos participantes recebe o medicamento em investigação e outra parte recebe placebo, garantindo resultados científicos confiáveis. Em seguida, todos os voluntários passam para a fase aberta, quando recebem o medicamento.
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Ao longo de todo o processo, os participantes são acompanhados de perto por uma equipe médica especializada. As visitas incluem exames e avaliações gratuitas, como consulta com psiquiatra, histórico médico detalhado, eletrocardiograma, exames de sangue e urina. Todos os procedimentos acontecem na TrialTech, sem nenhum custo para o paciente. Além disso, o transporte até o centro de pesquisa também é custeado pelo laboratório.
Um diferencial importante é que, caso o medicamento comprove sua eficácia, os voluntários terão a oportunidade de utilizá-lo sem custo e por tempo indeterminado, enquanto desejarem continuar o tratamento.
Depressão: uma epidemia silenciosa
Os números da depressão no Brasil e no mundo reforçam a urgência por novos tratamentos. Segundo o Ministério da Previdência Social, em 2024 quase meio milhão de pessoas foram afastadas do trabalho por depressão, o maior número em pelo menos dez anos.
Em escala continental, o Brasil é o segundo país mais afetado pela doença, atrás apenas dos Estados Unidos, onde, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 5,9% da população convive com o transtorno.
“Este estudo é essencial porque o mundo precisa de novas alternativas, mais eficazes e com menos efeitos colaterais, para tratar quem sofre com depressão. O conhecimento gerado aqui pode transformar a vida de milhares de pessoas e trazer impactos positivos para a saúde pública”, reforça o Dr. Grabowski.



