O assunto ainda é tabu em muitas famílias brasileiras. Mas o fato é que a disfunção sexual é cada vez mais presente em homens acima dos 30 anos. A campanha Novembro Azul, direcionada ao câncer de próstata – o mais incidente no homem e um dos que mais mata no país – é também um chamariz para diferentes cuidados necessários com a saúde masculina, incluindo problemas de ereção, que pode ser consequência de um diagnóstico tardio de câncer de próstata, por exemplo.

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De acordo com um dos principais estudos sobre saúde sexual masculina, o Massachusetts Male Aging Study, a disfunção erétil afeta até 52% dos homens entre 40 e 70 anos de idade. Além disso, quase 10% apresentam casos graves e de difícil tratamento. Isso porque muitos pacientes buscam ajuda apenas quando a situação já está avançada.

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O médico andrologista e urologista, Tiago Cesar Mierzwa, explica que ao receber um paciente para exames de rotina acaba muitas vezes realizando outros tratamentos, pois é comum o paciente ter diversas queixas que acreditava serem comuns do envelhecimento.

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Entre as principais condições tratadas pelo andrologista estão, além da disfunção erétil, distúrbios da ejaculação, correção de deformidades penianas, deficiência de testosterona, implante de próteses penianas e a infertilidade conjugal devido ao fator masculino. E em qualquer uma delas, mesmo com a relação sexual comprometida, a maioria dos homens resiste em procurar um consultório médico.

“Muitas vezes esses pacientes com alguma disfunção sexual vão diretamente à farmácia, se automedicam por vergonha de falar sobre o tema, o que prejudica a possibilidade de tratamento. Na maioria dos casos, são as parcerias que trazem este paciente até o consultório, e isso quando a situação está ficando insustentável”, contou.

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E continuou. “É compreensível, mas totalmente desnecessário esse comportamento, já que a disfunção erétil é totalmente possível de acontecer no decorrer da vida e tratar é a melhor forma de trazer qualidade de vida ao paciente e ao casal”, esclarece.

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Entre outras circunstâncias que apontam o quanto a busca por um médico especialista é fundamental é o fato da disfunção erétil ser mais preeminente quando o tratamento doenças como o câncer de próstata são tardios, visto a necessidade de cirurgias mais extensas ou de tratamentos como radioterapia ou hormonioterapia concomitante.

O transtorno está também associado a fatores como obesidade, sedentarismo, tabagismo, doenças crônicas como a diabetes, estresse, uso de anabolizantes, entre outros. Uma alteração que com mudanças comportamentais e tratamento pode ser totalmente revertida.

“O receio em procurar o urologista pode acarretar em diagnósticos demorados de diversas doenças, comprometer o sistema reprodutivo, assim como a piora da qualidade de vida naqueles casos de disfunções sexuais não tratadas. Quando temos diagnóstico precoce, conseguimos melhores taxas de cura e menores complicações, como no caso do câncer de próstata. Quando diagnosticado precocemente a taxa de cura é de mais de 90%”, relata Mierzwa.

Causas e tratamentos

Entre outros transtornos sexuais possíveis, o especialista em medicina sexual ainda explica que existe além da disfunção erétil, a comum ejaculação precoce, baixa libido masculina e as preocupações com a estética genital, o que resulta em baixa autoestima e até mesmo depressão, o que pode comprometer as relações sexuais.

Para estes casos existem também tratamentos possíveis como medicamentos orais, a caneta e injeção para ereção, prótese peniana, reposição de testosterona e reabilitação sexual, entre outros.

A disfunção sexual não faz distinção de idade e afeta também homens jovens. Nestes casos, uma das principais razões do problema está relacionada a fatores emocionais e psicológicos, além de pacientes jovens com diabetes tipo 1, que também correm risco de desenvolver essa condição. Porém, o cuidado com os distúrbios sexuais e reprodutivos do homem é negligenciado por pacientes de qualquer idade, especialmente os mais velhos.

“Acho que a maior preocupação, na verdade, é levar informação aos homens porque muitos vão se adaptando e se acostumam com a situação por anos, inviabilizando um tratamento eficaz que poderia ser facilmente resolvido. Às vezes, com um tratamento simples, eles retornam e relatam que gostariam de ter vindo muito antes porque estão se sentindo bem e felizes com suas parcerias”, finaliza o especialista.

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