Rinite alérgica

Alergias respiratórias disparam com tempo seco; saiba como se prevenir

Imagem mostra mulher com alergia, limpando o nariz
Foto: Depositphotos

O tempo seco traz diversos desconfortos para a saúde, especialmente para quem sofre de alergias respiratórias. Entre os principais impactos estão o agravamento da rinite e o aumento da secreção nasal.

De acordo com especialistas do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), essas condições se intensificam no inverno, quando o ar frio e seco prejudica o funcionamento correto das vias respiratórias altas.

“O nariz tem a função de aquecer e umidificar o ar que respiramos, garantindo que ele chegue aquecido e úmido aos pulmões. Quando isso não acontece, o ar frio e seco pode acarretar irritações que desencadeiam crises alérgicas, agravando os sintomas respiratórios”, explica o Coordenador do Departamento Científico de Rinite da ASBAI, Fausto Matsumoto.

Sintomas da rinite alérgica

A rinite alérgica é mais comum após os 2 anos de idade e atinge cerca de 26% das crianças brasileiras. Em adolescentes, esse percentual vai a 30%, de acordo com dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância). 

Os sintomas da rinite são caracterizados por coceira frequente no nariz e/ou nos olhos, espirros, coriza (nariz escorrendo) frequente e obstrução nasal, mesmo na ausência de resfriados. Entre os principais fatores desencadeantes das alergias respiratórias, entre elas a rinite, estão alérgenos como ácaros da poeira, descamação de pele de gatos e cães, alérgenos de barata, fungos (mofos) e polens.

“Além de predisposição genética, moradores de grandes centros urbanos estão mais suscetíveis ao desenvolvimento dessas condições, devido ao alto índice de poluição e outros elementos irritativos presentes no ambiente”, afirma Matsumoto.

Limpeza nasal pode prevenir crises de rinite em períodos de baixa umidade

Uma medida preventiva para minimizar sintomas da rinite é a higienização nasal, que ajuda a remover os alérgenos em contato com a mucosa, umidificar o local e reduzir a viscosidade do muco nasal.

“Essa prática é simples e bastante eficaz, principalmente em períodos seco. A higienização deve ser feita diariamente, mesmo na ausência de sintomas”, recomenda o médico. Ele também ressalta que há diversas formas de realizar a higienização nasal, porém os métodos com menor pressão são os melhores, por promoverem menores riscos de complicações. Veja como:

  • Aplicar soro fisiológico nas narinas com o auxílio de uma seringa com delicadeza;
  • Utilizar dispositivos de aplicação com solução salina prontos, vendidos nas drogarias.

Cuidados redobrados com crianças e bebês

O especialista também destaca a necessidade de atenção especial ao realizar a higienização nasal em crianças. “O volume de soro utilizado em bebês e crianças pequenas deve ser cuidadosamente ajustado para evitar engasgos. Além disso, o tamanho do bico dos dispositivos aplicadores deve ser compatível com o tamanho do nariz da criança, assegurando uma aplicação segura”, orienta o coordenador da ASBAI. 

Dicas que podem ajudar na prevenção de crises de rinite

  • Evite ambientes com fumantes, já que o cigarro é um poluente intradomiciliar e responsável por desencadear crises de rinite e asma;
  • Os colchões e travesseiros devem ser colocados dentro de capas impermeáveis aos ácaros;
  • As roupas de cama devem ser trocadas e lavadas regularmente e secas ao sol ou ar quente;
  • Evite tapetes, carpetes, cortinas e almofadas, especialmente nos dormitórios;
  • Dê preferência aos pisos de cerâmica, vinil e madeira e às cortinas do tipo persianas ou de material que possa ser limpo com pano úmido;
  • Passe pano úmido diariamente na casa ou use aspirador de pó com filtros especiais (HEPA) 2 vezes na semana;
  • Evite banhos extremamente quentes e oscilação brusca de temperatura, assim como a inalação de odores fortes. Exemplos: perfumes, aromatizadores de ambientes, incensos e cigarro.
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