Tiroteio na Praça da Ucrânia

Um assalto a um restaurante na Rua Julia da Costa, no Bigorrilho, em Curitiba, por volta das 22h da última sexta-feira, acabou em tiroteio na Praça da Ucrânia. Um assaltante foi morto, outros três foram presos e um taxista, que estava parado no ponto da praça, por pouco não aumenta a lista de vítimas mortas por balas perdidas em Curitiba.

Depois do assalto, a dona do estabelecimento saiu na rua pedindo socorro. Nesse instante, o tenente Sarmento e o cabo Ademir, do serviço reservado da Polícia Militar, do 12.º Batalhão, passavam pelo local com uma viatura descaracterizada. Vendo o desespero da mulher, se identificaram como policiais e acionaram outras viaturas, informando que quatro homens armados estariam em fuga, pela região da Praça da Ucrânia.

Quando chegaram na Rua Cândido Hartmann, os policiais cruzaram com o quarteto e deram voz de prisão.

Lucio Alexandre da Silva, 25 anos, armado com uma pistola, atirou contra os policiais, que revidaram e acertaram três disparos no rapaz. Ele foi levado pela própria polícia ao Hospital Evangélico, mas morreu em seguida. Os demais, Marcel Horácio Pereira, 27 anos, Leomir de Jesus, da mesma idade, e Ericson Araújo da Silva, 25, foram presos.

Segundo o tenente Smanioto, os três presos foram encaminhados ao 8.º Distrito Policial para serem reconhecidos pela proprietária do restaurante. ?O trabalho rápido da P2 e o acionamento imediato de outras equipes foi fundamental para o sucesso da ocorrência?, contou o tenente.

Milagre

?Foi terrível, ouvi mais de dez tiros e logo vi as pessoas se jogando no chão para não serem atingidas pelos disparos?, contou o taxista Isauro Zajaczkoski. Ele havia acabado de chegar na praça para fazer um lanche em uma barraca, na feira. ?Foi por um milagre. A gente costuma ficar no carro esperando o passageiro, se tivesse feito isso, estaria morto com uma bala perdida?, contou, ainda assustado.

Outro que ficou assustado com o tiroteio foi o funcionário da prefeitura Geraldo Mazela. Segundo ele, essa foi a segunda vez que viveu momentos de terror causados pela violência urbana. ?Há uns seis meses estava trabalhando no Largo da Ordem e aconteceu uma briga de gangues. Assim como aconteceu hoje, tive que me jogar no chão e esperar a polícia chegar?, contou assustado. ?A gente que trabalha na madrugada está sujeito a essas coisas?, completou.

Voltar ao topo