Todos pro 'estábulo'

Quadrilha do “cavalo louco” é desmantelada no Centro

Policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope ) desmantelaram, na segunda-feira (10), uma quadrilha que praticava o crime conhecido com “cavalo louco”, na região central de Curitiba.

A Operação Aranha, batizada assim numa referência ao líder do grupo, que foi um dos presos, fez ações durante todo o dia na Praça Tiradentes, Avenida Marechal Deodoro e Avenida Marechal Floriano Peixoto.

“O ‘cavalo loco’ consiste em inicialmente identificar uma pessoa com boa aparência, parecendo ter dinheiro ou bens. Um do grupo vai até ele e dá um empurrão ou um soco, o fazendo cair. Outros membros do grupo aproveitam que a vítima está caída e pegam tudo que podem. Mais membros da quadrilha, fingem estar tentando ajudar, impedindo que as pessoas de bem, que realmente querem ajudar, cheguem perto”, contou o delegado titular do Cope, Amarildo José Antunes.

O delegado explicou que o golpe é bem completo, normalmente praticado por grupos de até 12 pessoas. “Um dos membros sempre se aproxima e diz para a vítima que viu o ladrão e dá características completamente diferentes, só para confundir. Se a vítima insiste em tentar achar o bandido, chega outro marginal, que se diz o segurança do grupo, e ameaça a vítima dizendo que o grupo é grande, forte e manda naquele espaço e que o melhor é desistir de procurar”, contou o delegado, destacando que outros três membros da quadrilha já foram identificados. “Em alguns momentos da investigação, nossos policiais agiram à paisana, para não chamar a atenção dos marginais”, contou Antunes.

Foram presos: Rodrigo Trevisan, o “Aranha”, 36 anos, que era o líder do grupo, Sandro Rosnei Satall, 45 anos, Luiz de Almeida Espinola, 25 anos, Edvaldo Beraldo Kuligowski, o “Abacaxi”, 27 anos e Diego Henrique Gomes Fausitini, 23 anos. “O Aranha, o Espinola e o Stall já contavam com diversas passagens pela polícia. Agora todos foram autuados por formação de quadrilha”, disse Antunes.

O delegado explicou que além do “cavalo louco”, a quadrilha também vendia e revendia produtos roubados e furtados e fazia o crime conhecido como “saidinha de banco”. Por isso, era frequente encontrar os marginais na região central sempre no horário das 10h às 16h. 

Foragidos

Nos três dias de investigação, que antecederam a Operação Aranha, o Cope prendeu dois foragidos da Justiça. Paulo Guilherme de Mattos, 27 anos, era procurado pela Polícia Federal por um roubo em Palmeira. Rodrigo de Oliveira Leal, 32 anos, já estava condenado por tráfico de drogas.