Presos envolvidos em morte de caminhoneiro

A Delegacia de Homicídios concluiu as investigações sobre a morte do caminhoneiro Odir dos Santos, 57 anos, ocorrida no dia 28 de outubro do ano passado. O corpo da vítima foi ?desovado? na Estrada da Graciosa e localizado em avançado estado de decomposição. Conforme a polícia, três pessoas participaram do assassinato: Giseli Xavier de Andrade, 24 anos; Samuel Indarte Gonçalves, vulgo ?Gordo?, 23, e uma menor (16 anos), a pivô do crime passional. Todos estão presos.

De acordo com o delegado Stelio Machado, a vítima mantinha um relacionamento amoroso com a garota de 16 anos que, por sua vez, mantinha um relacionamento homossexual com Giseli. Tomada de ciúmes, Giseli convenceu Samuel a ajudá-la a pôr um fim no relacionamento da menor com o caminhoneiro.

Crime

No dia 28, Giseli e Samuel foram até uma residência na Rua Jacarezinho, em Pinhais, local onde eram realizados os encontros amorosos de Odir. Lá, os quatro se encontraram e Samuel – aproveitando seu porte físico avançado – teria segurado Odir enquanto as mulheres batiam nele. Após espancado, o caminhoneiro foi esganado com uma toalha, ainda no interior da casa. O corpo foi colocado no porta-malas do Astra verde, de propriedade de Odir, e ?desovado? na Estrada da Graciosa.

Como Odir não retornou para casa, familiares dele deram queixa do desaparecimento na Delegacia de Vigilância e Captura (DVC). A partir de investigações, a polícia descobriu o relacionamento extraconjugal da vítima com a adolescente e conseqüentemente o relacionamento homossexual da garota. As duas foram chamadas a depor na DVC no dia 31 de outubro mas, na ocasião, disseram nada saber sobre o desaparecimento de Odir. Entretanto, de acordo com o delegado Stélio, no depoimento Giseli revelou o ?triângulo amoroso e não escondeu os ciúmes que sentia ao ver a menina nos braços de um homem?.

Prisão

Através das investigações, policiais conseguiram descobrir uma testemunha (taxista) que afirmou ter levado, no dia do crime, a garota de 16 anos nas proximidades de um motel onde havia um Astra verde a esperando. Além disso, poucas horas antes das duas prestarem depoimento na DVC, dia 31 de outubro, o Astra do caminhoneiro foi visto sendo abandonado em um posto de gasolina também por uma mulher.

Poucos dias depois do encontro do carro, o corpo de Odir foi achado. A partir disso, investigadores da Delegacia de Homicídios intensificaram as buscas e a Justiça decretou a prisão de Gisele e a ordem de apreensão da menor. De acordo com Stélio, as duas teriam confessado o crime.

No decorrer das investigações, uma nova pista chamou a atenção da polícia. Dentre os dias em que as mulheres ficaram de posse do Astra do caminhoneiro, apareceu uma multa por excesso de velocidade na qual o veículo e condutor foram fotografados. A surpresa para os investigadores é que na fotografia aparecia um homem como motorista. As diligências se aprofundaram e o homem foi identificado como Samuel, residente no bairro Cajuru.

Samuel, inclusive, já havia sido visto em companhia de Giseli e da menor. Diante de tais provas, o delegado Stélio solicitou a prisão preventiva de Samuel a qual foi cumprida na terça-feira.

O delegado informou que os três foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Como agravante há ainda a informação de que eles desfrutaram do carro da vítima para passeios e a menor chegou a utilizar o cartão do caminhoneiro para fazer compras. Samuel em sua defesa disse que não participou diretamente da morte de Odir e que apenas auxiliou as duas segurando a vítima.

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