Piraquara

Presos acusados de chacina em Piraquara

A ex-mulher do ambientalista e ex-secretário do Meio Ambiente de Pinhais, Jorge Roberto Carvalho Grando, morto em 22 de abril do ano passado em uma chacina em Piraquara, é apontada pela polícia como responsável pelo crime. Derise Farias Pereira Grando, 37, foi presa ontem. Suspeitos dos cinco assassinatos, estão presos Edival de Souza Silva, 36, e os irmãos João Carlos da Rocha, 31, e Adilson da Rocha, idade não informada. Todos negaram participação na carnificina.

Os bandidos queriam roubar o dinheiro proveniente da venda de um terreno, concluída dias antes do crime, conforme apurado pela polícia. “Antes de ser morto, Jorge foi espancado, provavelmente para que dissesse onde estava o dinheiro. Ele ainda tentou escapar, porque seus pés estavam livres, mas foi atingido pelos tiros”, explica o delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevisan Araújo.

Vítimas

As demais vítimas, o irmão de Jorge, Antônio Luís Carvalho Grando, o vizinho Albino Eliseu da Silva, o empresário Gilmar Reinert e o agente penitenciário Valdir Vicente Lopes, estariam na chácara por acaso. “Os assassinos achavam que encontrariam somente Jorge e o irmão e mataram todos para que não fossem identificados”, comenta o delegado. Segundo ele, não havia sinais na casa de que tivesse sido levado dinheiro de lá. Todas as vítimas foram mortas a tiros.

Derise teria contratado Edival para executar o roubo e ele chamou os irmãos João e Adilson para ajudá-lo. De acordo com a polícia, não havia envolvimento amoroso entre Derise e qualquer um deles.

Todos vão responder por homicídio. Derise foi encaminhada para o Centro de Triagem I, Edival e João Carlos para o Centro de Triagem II, e Adilson continuará na PEP1. Desta forma, a polícia considera o caso encerrado.

Contra-ataque

Na época do crime, Derise e Jorge já estavam separados, mas ela garante que não teve participação no crime. “Essa investigação está sendo leviana. Não conheço nenhum desses rapazes. Eu e Jorge nos dávamos muito bem e nosso filho deveria estar com ele nesse dia. Jorge não foi buscá-lo, não sei porquê. Nosso filho já perdeu o pai, agora está perdendo a mãe por um erro da polícia”, declarou a mulher.

João Carlos estava detido na Colônia Penal Agroindustrial (CPAI) por receptação e tráfico de drogas desde fevereiro de 2011, mas a polícia acredita que ele estivesse foragido na época do crime. Seu irmão, por sua vez, estava na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP1), desde julho do ano passado, respondendo por roubo. Derise já foi indiciada por roubo em 2008.