Preso homem que matou morador de rua em 2012

Ricardo Quintino, 24 anos, também conhecido como “Bruxo”, foi preso domingo, pela Delegacia de Homicídios (DH). Ele é suspeito de agredir violentamente e matar Gilmar Lopes, o “Barba”, 32 anos, no dia 13 de julho de 2012. E a polícia apurou que, tanta violência, com a vítima sendo arrastada por três andares de um prédio e levando pauladas na cabeça, foi por causa de um pequeno rádio de pilha, que Gilmar emprestou de Ricardo e não devolveu.

Segundo o delegado Fábio Amaro, que cumpriu o mandado de prisão contra Ricardo no domingo, no Tatuquara, vítima e autor eram guardadores de carros e moravam num esqueleto de prédio na Rua Cândido Xavier, esquina com a Rua Professor Guido Straube, na Vila Izabel. Naquele dia, segundo confessou o próprio Ricardo depois de preso, quando ele pediu o seu rádio de volta, Gilmar não quis devolver. Ambos brigaram, até que Ricardo se armou com um pedaço de pau e uma faca e deu golpes contra a vítima.

O prédio tinha vários andares. Segundo as manchas de sangue encontradas na época, Gilmar começou a ser agredido no térreo. Possivelmente, tentou correr degraus acima para fugir, mas foi alcançado e continuou levando golpes no caminho, até que, no terceiro andar, não suportou e tombou no chão. Levou tantas pancadas na cabeça, que ficou desfigurado. As manchas de sangue ainda indicam que o corpo foi arrastado de um cômodo a outro naquele andar, onde o autor ainda escreveu na parede, com um pedaço de tijolo: O crime não é perfeito, mas admite falhas. Marcas de sapato, onde o autor pisoteou sobre o sangue da vítima, foram colhidas pela perícia na época.

Dois dias depois do homicídio, explicou Amaro, policiais militares conseguiram prender o suspeito e o levaram à DH. No entanto, como não havia provas concretas da participação de Ricardo, ele foi ouvido e liberado. Mas, ele usava um tênis que estava manchado de sangue e foi recolhido pelo delegado Rubens Recalcatti, na época, para perícia. Laudos comprovaram que o sangue no tênis de Ricardo era da vítima. Estudos também confirmaram que as pegadas encontradas no local do crime eram do sapato de Ricardo.

Diante das evidências, o detido confessou o homicídio e alegou que estava sob o efeito de drogas quando cometeu o assassinato.