Alessandro Oliveira Gonçalves, 30 anos, o "Sandro"; Robson dos Santos, 28, mais conhecido por "Coração Valente", e Jonhi Ricardo de Freitas, 28, foram recapturados por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), com o apoio do Grupo Tigre e da Polícia Civil de Itajaí (SC), na noite de 7 de setembro e na manhã do dia seguinte. Os três são foragidos do sistema penitenciário e acusados de integrar uma quadrilha responsável por assaltos contra residências e estabelecimentos comerciais, seqüestros-relâmpago e crimes de extorsão ocorridos no Paraná e em Santa Catarina. Outros comparsas dos detidos também foram identificados e estão sendo procurados. A polícia suspeita que a quadrilha seja composta por pelo menos dez integrantes.
No último dia 5, a quadrilha realizou um assalto em Brusque (SC) e aterrorizou uma família durante cerca de três horas. De posse dos cartões bancários dos familiares, os marginais foram até dois caixas eletrônicos e realizaram saques. Não satisfeitos, levaram duas vítimas até a empresa de propriedade da família, onde retiraram mais dinheiro. Da casa, os marginais levaram dinheiro, jóias, eletrodomésticos e mais dois carros, usados para a fuga. Os veículos foram posteriormente abandonados no centro de Brusque.
Num trabalho conjunto de investigação, as polícias do Paraná e Santa Catarina realizaram um bloqueio na BR-116, no posto rodoviário federal, em Contenda. Na noite de 7 de setembro, Johni e Robson foram presos no interior de um ônibus e com eles foram encontradas algumas jóias e uma cartela de penhor da Caixa Econômica Federal, onde outras jóias haviam sido penhoradas em troca de dinheiro. Horas depois, os policiais se deslocaram até uma casa, no Capão Raso, em Curitiba, e realizaram a prisão de Alessandro.
Participantes
De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, Johny é condenado a mais de 45 anos, por crimes de roubo, cárcere privado e formação de quadrilha, e no momento em que foi preso portava identidade falsa; Robson é condenado por roubo e tem prisão preventiva solicitada pela DFR, e Alessandro é condenado a 19 anos por roubo de carros e contra um mercado. Outros dois homens, acusados de integrar a quadrilha, também foram identificados: Silvio Dizikovicz e Edemilson José Nogueira, o "Chuck". Silvio responde pelo crime de roubo pelo 8.º DP (Portão) e o outro não tem antecedentes criminais. Entretanto, investigadores, em cumprimento ao mandado de busca e apreensão, encontraram na residência de "Chuck" munições de calibres nove milímetros e 45, além de um carregador para pistola calibre 380.
Recalcatti ressaltou que os integrantes do grupo contam com a ajuda de mulheres que cedem moradia e ajudam a esconder o armamento utilizado nos crimes. "São mães, esposas e namoradas que auxiliam esses bandidos e vão responder por seus crimes", alertou. Entre os crimes imputados ao bando no Paraná estão o roubo contra uma família, em São José dos Pinhais, e um assalto contra uma loja de som, na Vila Izabel, onde roubaram o carro do proprietário. Em São José dos Pinhais, os marginais utilizaram de violência para concretizar a ação. Eles cortaram o dedo de uma das vítimas para obrigá-la a contar a senha do banco para a retirada de dinheiro. Além disso, o delegado afirmou que o grupo está sendo investigado por possível participação em roubos a joalherias e com o tráfico de drogas.
Em Santa Catarina, Elisandra Alves dos Santos foi presa por dar apoio às ações criminosas do grupo. Ela seria namorada de um dos integrantes da quadrilha e foi flagrada pelo sistema de câmeras de um posto de combustível no momento em que dava fuga aos marginais, após o assalto em Brusque. No apartamento dela, naquela cidade, foram apreendidos alguns objetos que seriam provenientes de roubo. Johny também estava residindo em Santa Catarina, na cidade de Navegantes. O grupo também é acusado de um assalto a supermercado, em Itajaí.