Violência

Polícia já tem nome de suspeito de matar taxista

A polícia já tem o nome do principal suspeito de ter assassinado a pancadas o taxista Mario Batista Moreira, 55 anos, na noite da última quarta-feira (15), na Vila Verde, Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A informação foi confirmada pelo delegado Vinicius Borges Martins, da delegacia de Furtos e Roubos (DFR), de Curitiba. Ele não dá mais detalhes para nãoa trapalhar as investigações, mas disse à reportagem da Banda B que o assassino deve ser preso logo. Segundo o delegado, uma pessoa ofereceu uma recompensa de R$ 2 mil para quem der informações que levem à prisão do bandido.

Hoje pela manhã, três testemunahs foram ouvidas na DFR. A Banda B ouviu uma das testemunhas. O funcionário de uma empresa da região onde o taxista foi assassinado, que viu toda a ação, contou que Moreira parou o carro e começou a buzinar durante cerca de 4 minutos. “O taxista saiu do carro e foi até o porta-malas do carro buscar um taco de bilhar. Quando pegou o taco, o passageiro veio e fechou o porta-malas sobre ele que caiu. Daí o bandido começou a bater nele”, contou a testemunha que não teve o nome revelado. Moreira foi espancando e morreu ainda no chão.

A testemunha confirmou que um menino entre 9 e 12 anos, que estava com o assassino, acompanhou tudo. “O meninoe stava no banco de trás e na hora da briga chegou a sair do carro. Depois entrou de novo quando o ladrão ligou o carro e fugiu”, disse.

Segundo o delegado Martins, foi caracterizado oc rime de latrocínio (roubo seguido de morte) já que as testemunhas confirmaram que quando o taxista já estava caído, o assassino mexeu nos bolsos da vítima e pegou algo, provavelmente dinheiro.

O crime

O motorista Mário Batista Moreira (55) era dono do táxi prefixo 712, da Rádiotaxi Capital e após fazer algumas corridas na região central, resolveu encostar no ponto em frente a PUC-PR, no bairro Prado Velho, por volta de 22h, quando foi abordado por um homem acompanhado de uma criança com cerca de 12 anos. Ao embarcar, o suposto freguês solicitou que o motorista seguisse até a rua Cyro Correia Pereira, nos fundos da empresa Kraft, na CIC.

Chegando ao local, o taxista foi alvo de um assalto e depois de buzinar, provavelmente para pedir socorro, foi lançado para fora do carro pelo bandido. Em seguida, o ladrão, que não se importou em estar na presença da criança, teria retornado ao local e desferido vários golpes contra a cabeça de Moreira, que chegou a ser atendido pelo Siate, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.

Protesto

Cansados de presenciar a violência contra a categoria, cerca de 50 taxistas se reuniram em frente a sede da Delegacia de Furtos e Roubos, horas depois do crime, para protestar contra a falta de segurança enfrentada pela categoria.

Enfurecidos, os motoristas acionaram as buzinas durante quase uma hora e chegaram a bloquear o trânsito na rua Afonso Camargo, no Jardim Botânico. Quando questionados pelos repórteres da rádio Banda B, os motoristas revelaram que esperam agilidade na prisão do responsável pela morte do colega, bem como maior segurança durante a jornada de trabalho.