PCC fora do crime do batom

A polícia não acredita que o Primeiro Comando da Capital (PCC) esteja envolvido no assassinato do técnico judiciário Takeru Mauro Koarata, 44 anos, encontrado morto na manhã de quarta-feira. "Os assassinos querem desviar o foco das investigações, simulando um latrocínio e usando o nome de uma facção criminosa", disse o delegado Fauze Salmen, da Delegacia de Homicídios.

A suspeita de o crime ter sido cometido por integrante do PCC foi levantada pelo número 1533 (código para a sigla da facção criminosa) escrito com batom pelos assassinos no carro da vítima.

Fauze avaliou que o homicídio foi premeditado. "Apuramos que os assassinos passaram diversas vezes em frente à casa da vítima em Santa Felicidade, antes de seqüestrá-la. Apesar do feriado, vamos trabalhar para identificar o veículo usado no seqüestro e a conseqüente identificação dos autores desse crime", informou. Algumas pessoas já foram ouvidas e as investigações estão adiantadas, segundo a polícia.

Seqüestro

Takeru auxiliava um juiz da Justiça Federal e por volta das 21h30 voltava para casa, em Santa Felicidade, em seu Golf prata placa BBB-5443, quando foi abordado pelos criminosos. Os bandidos teriam obrigado a vítima a passar para o banco traseiro do carro. Uma hora depois, o veículo foi encontrado abandonado próximo ao Contorno Norte, no mesmo bairro.

O carro foi encontrado pela polícia, que avisou a esposa da vítima. A mulher reconheceu o seu batom, usado pelos assassinos para escrever no Golf a frase: "1533 – Isso que é crime". No veículo, foram encontrados dois projéteis, um intacto e outro deflagrado.

Na seqüência, os policiais iniciaram as buscas para encontrar o técnico judiciário. Na manhã de quarta-feira, o corpo de Takeru foi achado por moradores da Vila Rivieira, divisa entre Curitiba e Campo Largo. A vítima foi morta com um tiro na cabeça e outro no pescoço e deixada em um matagal próximo a uma ruela de terra, continuação da Rua Edmundo Eckstein.

Voltar ao topo