Morte anunciada em Piraquara

Sete tiros de pistola, um carro queimado e um homem carbonizado. Estes são os ingredientes de mais um cruel assassinato ocorrido na Rua Joaquina Maria de Souza, no bairro Guarituba, em Piraquara, na noite de domingo.

E o crime aconteceu mesmo com um telefonema dado ao número 190, em que alguém informava que um homicídio estava sendo planejado por um grupo de pessoas, naquele bairro. O denunciante chegou a fornecer o endereço dos criminosos, mas a polícia não chegou a tempo.

A vítima está sem identificação no necrotério do Instituto Médico-Legal e o carro – um Gol, modelo antigo, placa AGX-3346 – não tem queixa de furto ou roubo e estaria registrado em nome de uma empresa situada na Avenida Getúlio Vargas, em Curitiba.

O delegado Osmar Feijo, responsável pela investigação, até a tarde de ontem não tinha conseguido apurar mais informações sobre o caso, nem mesmo saber se a vítima trabalhava ou não na empresa, ou se o carro havia sido vendido para terceiros e não transferido.

Moradores da região ouviram os tiros e alguns sairam das casas para ver o que estava acontecendo. Já avistaram o carro em chamas, com alguém no banco do passageiro. Chamaram bombeiros e policiais militares, mas nada pôde ser feito para salvar a vítima.

Pistas

No local foram recolhidos cinco projéteis de pistola calibre ponto 40, indicando que o homem foi executado antes de ser queimado.

Os investigadores Juarez e Hélio, da delegacia de Piraquara, enquanto buscavam pistas no local da morte, contaram que alguém até tentou evitar o assassinato, fazendo um contato com a Polícia Militar, revelando o local em que estavam os criminosos. ?Recebemos a informação, mas nem deu tempo de chegar no local indicado e já soubemos que o carro estava em chamas com uma pessoa dentro?, disse Juarez. Enquanto ele e o colega permaneciam no local do crime, um equipe de PMs foi ao endereço citado, mas não encontrou ninguém.

Tráfico

Juarez suspeita que o crime está relacionado ao tráfico de drogas, por causa da violência empregada pelos criminosos contra a vítima. No local, não foram colhidas informações que pudessem identificar a vítima. A polícia descarta a possibilidade de assalto. ?A quantidade de disparos é muito grande?, explica o soldado Jés.

O calibre é o mesmo utilizado pelas Policias Militar e Civil do Paraná. Porém, o policial Jés adiantou que muitas armas foram roubadas ou furtadas, e outras são obtidas por criminosos no ?mercado negro?, o que leva a supor que o assassinato pode ter sido cometido por traficante ou outros marginais.

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