Dois atropelamentos mancharam de sangue rodovias de Campo Largo e Curitiba, na noite de domingo e na tarde de ontem, pondo fim à vida de uma dona de casa e de um mecânico. Atropelada por um Monza, ao tentar impedir que o neto atravessasse a rodovia PR-423, em Campo Largo, Cidália Monteiro, 62 anos, morreu por volta das 21h50 de domingo. Ela ainda foi socorrida pelo Siate, mas chegou sem vida ao Centro Médico Hospitalar.
O acidente aconteceu próximo ao trevo que dá acesso ao município de Balsa Nova, logo após Cidália ter saído do culto religioso, na companhia do marido e do neto.
O motorista do Monza, Claudinei de Campo, 26 anos, morador das proximidades, abandonou o veículo, com medo de ser agredido por populares. Apesar da fuga do condutor do carro, o pastor Antônio, amigo da vítima, não acredita que tenha havido culpa de Claudinei no atropelamento. ?O carro não vinha em alta velocidade. Infelizmente o menino se desprendeu da mão da avó e cruzou a rua. Ela quis segurar o neto e foi atropelada?, lamentou o pastor.
Mecânico
O mecânico da Ceasa, José Pinto Mendonça, 48 anos, não conseguiu concluir a travessia de uma das pistas da BR-476 (antiga BR-116). Ele foi atropelado às 16h15 de ontem, no quilômetro 142 da rodovia, no Pinheirinho, na pista sentido Santa Catarina.
Higor Boaventura Laffer, 25, que digiria o veículo atropelador, a Fiorino placa AND-7396 (Campina Grande do Sul), só conseguiu parar 150 metros adiante, para ajudar a vítima. Segundo explicou, José atravessou a via repentinamente. Vendo-o em frente a seu carro, não teve como frear e atingiu a vítima, que morreu na hora.
O pára-brisa do carro ficou quebrado, pela violência com que José atingiu o vidro. Segundo conhecidos da vítima, o mecânico saiu da Ceasa e possivelmente seguia para sua casa.