Maníaco

Mãe filma companheiro abusando da filha de sete anos

Foi preciso muito sangue frio, mas uma mãe conseguiu controlar a raiva e a indignação e filmou, com o celular, o companheiro abusando de sua filha – enteada dele – de 7 anos. O flagrante aconteceu em uma residência, no bairro São Cristóvão, em Piraquara. O homem, um pedreiro de 40 anos, não percebeu a filmagem. A mulher levou o material à polícia e voltou para casa, como se nada tivesse acontecido. No dia seguinte, foi decretado o mandado de prisão do tarado e ele foi pra cadeia.

O casal morava com a vítima e outra criança menor, filha dele. Há algumas semanas, a menina mais velha começou a apresentar um comportamento estranho e agressivo. A mãe a pressionou, até que a criança deixou escapar a violência que vinha sofrendo do padrasto. A mulher procurou o Conselho Tutelar, mas não conseguiu levar a denúncia adiante, por falta de provas.

Filmagem

Na quarta-feira, o homem estava de folga do seu trabalho na construção civil e ficou em casa à tarde. Assim, a mulher planejou o flagrante. Ela disse à família que iria a algum lugar do bairro e demoraria a voltar. Foi até a casa da vizinha e pediu uma escada, para poder observar seu terreno. Por uma janela aberta, a mãe filmou o abuso que a filha estava sofrendo. O tarado fazia a garota o masturbar, além de várias outras coisas. Só não houve conjunção carnal.

Indignada, a mulher não se desesperou. Pegou uma bicicleta e foi direto pra delegacia, onde contou tudo ao delegado Amadeu Trevisan e entregou o celular. “Em três horas montei o inquérito, passei a filmagem para um computador e mandei ela gravada num DVD, junto com o chip do telefone, à Justiça”, explicou Trevisan. O mandado de prisão foi expedido e o pedreiro foi preso.

Alterado

Na delegacia, ele confessou o crime, mas disse que tinha bebido um pouco, estava meio alterado e só tinha acontecido aquela vez. A mãe e a polícia, no entanto, não acreditam. O delegado intimou professoras da menina para que contem se observaram mudança de comportamento dela. O estudo, que pode demorar até um ano, poderá indicar há quanto tempo o homem vinha abusando da garota. Não há indícios que o pedreiro tenha abusado do filho.

A menina foi encaminhada para exames no Instituto Médico Legal, que constataram que não houve conjunção carnal e que ela ainda é virgem. O abusador foi ouvido e, ontem, foi transferido para o Centro de Triagem II, em Piraquara. Mãe e filha estão abaladas e precisarão de acompanhamento psicológico.