"Legítima defesa"

Homem diz que matou policial militar para não morrer

O homem acusado de matar o cabo da Polícia Militar Carlos Roberto dos Santos, 45 anos, em Colombo, no dia 12 de setembro, se apresentou na delegacia de Campo Largo. Como já passou o período de flagrante, depois de ouvido, ele foi liberado.

Leandro Cordeiro, 30 anos, apresentou uma versão curta e confusa. Ele e seu advogado não foram à delegacia do Alto Maracanã por temer represálias da família do policial. De acordo com o superintendente Juscelino Bayer, em depoimento, Leandro relatou que devia alto valor a Carlos Roberto, mas não quis detalhar a origem e a quantia. Ele teria se encontrado com o policial naquela manhã para chegar a um acordo e disse à vítima que tinha uma parte do dinheiro depositada no banco.

Carro

O policial então teria dado a chave do próprio carro para que Leandro o levasse até a agência bancária. Já dentro do Palio, Carlos Roberto teria ameaçado Leandro de morte caso não houvesse dinheiro suficiente na conta. Os dois discutiram, e Leandro estacionou o carro. Ele afirmou que Carlos tentou sacar uma arma e, para se defender, tirou o extintor debaixo do banco e desferiu vários golpes na cabeça do policial. Assim que percebeu que Carlos estava morto, ele jogou o corpo num riacho perto da Rua Judith Schluga, conjunto Mauá. Coincidentemente, ele teria encontrado o irmão algumas quadras adiante e pegou uma carona para fugir. Ele não explicou o que o irmão fazia na região.

A arma que estaria com Carlos não foi encontrada. O depoimento será encaminhado para a delegacia do Alto Maracanã. Leandro foi liberado, mas pode ter a prisão solicitada a qualquer momento.