Extorsão dá cadeia para casal

Investigadores do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) conseguiram identificar e desmantelar uma quadrilha acusada da prática de extorsão contra empresários em Curitiba. Dos cinco integrantes do grupo que já foram identificados, dois deles foram presos e um terceiro está sendo procurado.

De acordo com o delegado Messias da Rosa, a quadrilha estava agindo desde março de 2003 e já havia conseguido arrecadar de uma das vítimas mais de R$ 23 mil. Com a prisão do casal Maria Storoz, 38 anos, e Guatazara Luiz Pedro, 32, segundo a polícia, um seqüestro que estava sendo programado pelo grupo foi impedido de ser realizado.

Chantagem

No início do ano, marginais roubaram uma empresa do setor madeireiro e obrigaram um dos funcionários a assinar um cheque no valor de R$ 800,00 que foi descontado posteriormente. Na ação, os bandidos levaram ainda vários documentos que possuíam dados da empresa. De posse dessas informações, o grupo começou a realizar a extorsão. Como forma de pressionar o pagamento, os marginais ameaçavam matar e seqüestrar parentes do empresário.

Por duas vezes, o empresário pagou o que foi pedido pelos bandidos, num total de R$ 23 mil. Em dezembro, o grupo voltou a pedir mais R$ 20 mil. A vítima se recusou a efetuar o pagamento e o grupo começou a praticar atos de terrorismo, principalmente emocional. “Eles enviavam cartas e faziam telefonemas ameaçadores aos familiares do empresário. Chegaram a disparar por duas vezes contra a casa de uma das irmãs da vítima como forma de intimidação”, explicou o delegado. O Cope foi acionado e começou a investigar o caso.

Identificados

Conforme o delegado Messias, cinco pessoas foram identificadas acusadas de participar do grupo de extorsão. Foi solicitada à Justiça a expedição de mandados de prisão para todos, mas a Central de Inquéritos só expediu três. Os policiais do Cope prenderam Maria e Guatazara em suas respectivas residências nos bairros Capão Raso e Santa Quitéria. Ubirajara Pedro, vulgo “Bira”, continua foragido.

Pelas informações obtidas pela polícia, o grupo estava planejando o seqüestro de um procurador aposentado do Tribunal de Contas do Paraná.

Versão

O delegado informou ainda que Maria era a responsável pelo levantamento de informações sobre a vida da vítima. “Ela se tornava amiga de funcionários de empresas e de empregados da residência das vítimas. Assim conseguia obter as informações que queria”, explicou.

Maria, em sua defesa, negou qualquer participação na prática de extorsão e disse que alguém está utilizando o nome dela para fazer os golpes e ainda prejudicá-la. Guatazara, que é amásio de Maria, não quis falar sobre a sua prisão.

Voltar ao topo