Ex-marido de vigilante morta é incriminado

Quatro anos depois do assassinato da vigilante Thays Ellen da Silva Mendes, 22 anos, a Justiça acatou denúncia do Ministério Público e o ex-marido da vítima, Sidinei Mendes, 29, terá que apresentar sua defesa. Apesar disso, a família de Thays não acredita na culpa de Sidinei, e permite que ele frequente a casa e visite o filho, de 5 anos.

Sidinei foi preso como principal suspeito na delegacia do Alto Maracanã, mas logo foi libertado por falta de provas. O inquérito ficou três anos parado e indo da delegacia para o MP e voltando para mais diligências. Até que a denúncia foi formalizada na semana passada.

Tiros

Thays era segurança no banco Itaú. Ela foi encontrada morta, com dois tiros na barriga, na madrugada de 3 de junho de 2009, na Rua Antônio Ceccon, Centro Industrial Mauá. Ela ocupava o banco do passageiro de seu carro, um Fiesta, e vestia o uniforme da empresa segurança. Na empresa de segurança onde Thays e Sidinei trabalhavam, a polícia apreendeu um revólver calibre 38, supostamente usado no crime.

Durante as investigações, as suspeitas recaíram sobre o ex-marido da jovem, devido a contradições em seu interrogatório. “Ele mentiu ao dizer que fazia um mês que não se encontrava com a jovem. Porém, testemunhas confirmaram que o viram perto da cena do crime”, disse o delegado Rafael Viana, na época da prisão.

Convivência

A ex-sogra, Edna Maria, 46, ficou com a guarda do filho do casal. Thays ainda amamentava o filho quando foi assassinada. “Ele tinha um ano e oito meses, mas ela insistia em amamentá-lo. No dia seguinte à morte da minha filha, meu neto me confundiu com ela, mas não tinha mais mãe para dar de mamar. Ele sempre fala da mãe e escuta as conversas, mas ainda é muito pequeno para entender o que aconteceu. Eu contei que a mãe foi morar com Deus”.

Edna acredita na inocência de Sidinei. “Eles estavam separados, mas por causa de briguinhas. Ele não era violento e minha menina sempre foi correta. Até hoje, Sidinei continua vindo aqui em casa. A gente vê o sofrimento dele”, afirma Edna.