Desaparecido boiava em represa

Há quatro dias a mãe de Amadeus Arrais, 22 anos, sofria a angústia da falta de notícias do filho. No início da tarde de ontem, o sofrimento tornou-se ainda maior, quando ela reconheceu o corpo do jovem, boiando sobre as águas da Represa do Passaúna, em Campo Largo.

Era 13h quando os guardas municipais do parque avistaram o corpo de Amadeus sob a ponte da Rua Eduardo Sprada. A Polícia Militar e a Delegacia de Homicídios foram acionadas, e rapidamente dezenas de curiosos reuniram-se no local. A mãe de Amadeus estava passando por ali com o outro filho, quando foi ver o motivo da aglomeração.

Ao aproximar-se da represa ela identificou o rapaz e começou a chorar compulsivamente. Em meio aos soluços ela contou que estava voltando do bairro Tatuquara, onde descobriu que o jovem havia dormido na noite de sábado. ""Ele estava no bar do Paraguai, no bairro Dona Fina, (Campo Largo) onde a gente mora, e depois foi pra lá, na madrugada de sábado, com o sobrinho do dono do bar. Esta foi a última vez que ele foi visto"", contou a mãe da vítima. O irmão do rapaz disse que Amadeus estava jurado e morte por um indivíduo chamado "Quita", e que ainda no sábado ele havia ido até um baile em Campo Largo. "Meu irmão trabalhava como operador de máquinas e não tinha nenhum envolvimento com drogas", disse o rapaz.

Exames

O corpo de Amadeus foi retirado da represa por soldados do Corpo de Bombeiros. Ele estava usando apenas uma camiseta vermelha e uma cueca. Segundo o perito criminal Vitório Librelon, aparentemente não havia sinais de violência no corpo da vítima, o que indica que ela possa ter morrido afogada. Porém, a real causa da morte só poderá ser apurada após exames complementares feitos no Instituto Médico Legal. O caso passará a ser investigado pela delegacia de Campo Largo, uma vez que o corpo foi encontrado no município.

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