Cabelo roubado em cemitério

Um carregamento de 250 quilos de cabelo humano, contrabandeado da Índia, foi apreendido por policiais federais, no domingo, em Curitiba. Os uruguaios Nilo A.C. e Oscar F.D., e o brasileito Ronaldo A.O.

(os sobrenomes não foram fornecidos pela polícia) foram presos e autuados em flagrante por contrabando e descaminho.

A prisão do trio foi uma coincidência.

Os uruguaios se hospedaram no Hotel Estrela do Sul, onde também estavam hospedados policiais federais que vieram para Curitiba para trabalhar na segurança do evento da Organização das Nações Unidas (ONU). Os agentes estranharam o fato de dois uruguaios chegarem ao hotel, por volta das 9h, na Chevy, de cor branca, placa IHI-3958, de Porto Alegre (RS). Devido a movimentação e o descarregamento de grandes caixas que estavam no veículo, os policiais resolveram fazer a abordagem e encontraram os cabelos humanos dentro das caixas. "A mercadoria não possuía documentação fiscal de importação nem autorização sanitária dos órgãos competentes", comentou o superintendente da Polícia Federal de Curitiba, Jaber Saadi.

As informações são de que a procedência do cabelo é da Índia. "Apuramos que lá eles saqueiam cemitérios para arrancar os cabelos dos mortos e depois industrializam", contou Saadi.

Ele disse ainda que segundo os levantamentos realizados pelos federais, os uruguaios foram contratados por Ronaldo para trazer a mercadoria do Uruguai, via cidade de Santana do Livramento (RS) até Curitiba.

O superintendente disse que Ronaldo trabalha como comerciante de artigos para cabeleireiros em São José do Rio Preto (SP) e adquiriu o produto "in natura" para revender a cabelereiros após o processo de lavagem e pintura, sendo que os lucros seriam compensadores.

Jaber salientou que qualquer tipo de mercadoria importada precisa ter documentação fiscal, caso contrário, a pessoa que transporta está cometendo crime de contrabando.

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