Assassino joga cal em corpo para apressar decomposição

t71161204.jpg

Apenas ossos e restos de roupas
foram localizados na cava.

O avançado estado de decomposição do corpo encontrado ontem à tarde, em uma cava do Rio Iguaçu, mostrou a frieza com que o autor planejou e executou o assassinato. Uma saco de lixo, recheado com ossos humanos, foi o que sobrou da vítima, cujo corpo foi decomposto por cal. Resquícios do produto estavam impregnados nos restos da roupa do morto, conforme apuraram os policiais.

A "desova" foi feita em uma das cavas, localizada perto da BR-116, no limite entre Curitiba e Fazenda Rio Grande. Por volta das 17h, o mestre de obras Denilson Queiroz foi ao local para conhecê-lo, uma vez que pretendia retornar outro dia para pescar com os amigos. Quando chegou com o grupo, Denilson avistou um saco de lixo boiando e curioso resolveu puxá-lo com uma vareta. "Desconfiei que o embrulho era muito grande e que podia ser uma pessoa. Quando cutuquei encontrei um crânio", contou.

Perícia

Quando o saco foi retirado da água e aberto pelos soldados do Corpo de Bombeiros, havia apenas o esqueleto envolto por pedaços de roupa corroídos pela cal. Parte de uma calça jeans, um par de tênis e o tamanho dos ossos, são indícios que levam o perito criminal Vitório Librelom a acreditar que a vítima era jovem. "Para tentar descobrir a causa da morte iremos analisar os ossos e verificar se houve alguma fratura no crânio ou nas costelas. A vítima só poderá ser identificada através da arcada dentária", explicou o perito, lembrando que a cal age como ácido no corpo, podendo decompô-lo por completo em menos de uma semana. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios.

Voltar ao topo