Assalto com arma sem bala leva dupla à cadeia

Depois de seqüestrarem duas pessoas, usando um revólver sem munição, Fabiano da Silva, 21 anos, e Adriano Francisco Tortra, 29, foram presos em flagrante por policiais militares, do 13.º Batalhão. Com a dupla foram apreendidos a frente de um toca-CDs, dois relógios, dois celulares e R$ 56,00 em dinheiro.

Adriano contou que há pouco mais de uma semana assaltou uma pessoa, simulando estar armado. Apesar do sucesso do crime, ele resolveu não arriscar e propôs ao amigo Fabiano que os dois comprassem um revólver juntos para praticarem assaltos. Os dois compraram a arma, mas não tinham dinheiro para a munição, mesmo assim resolveram atacar. Por volta das 22h de sexta-feira, renderam uma mulher que ocupava um Ômega, no Xaxim. "O Fabiano estava com a arma, mas depois ele ficou nervoso e eu peguei. A mulher também ficou muito apavorada, mas tentei acalmá-la", contou Adriano. "O que a gente queria mesmo era dinheiro, mas ela não tinha. Só levamos o carro porque precisamos ir embora. Fiquei com dó porque ela não tinha seguro, mas a gente ia devolver o carro", disse Adriano. O que a dupla não imaginava era que o veículo tem um dispositivo que corta o combustível e o carro parou de funcionar um quilômetro depois que eles abandonaram a vítima.

Como os rapazes só conseguiram se apoderar de um toca-CDs, eles resolveram fazer uma nova tentativa. Foram para o ponto de ônibus e se dirigiram para o Água Verde. Em um dos semáforos da Avenida Silva Jardim, viram um homem que conduzia um Fiat Marea, cor verde, e fizeram a abordagem. "Ele só tinha R$ 56,00, então fomos para o banco", contou Adriano.

Para a infelicidade dos rapazes, uma pessoa viu quando a vítima foi abordada, anotou a placa do carro e comunicou a Polícia Militar. Ao receber o alerta, o aspirante Anderson e o soldado Roters, que estavam nas proximidades fizeram patrulhamento na região e não demoraram a localizar o Marea, estacionado em frente à agência do HSBC no Portão. A vítima, um advogado, estava no banco do passageiro, e Adriano apontou a arma para sua cabeça. Os policiais fizeram a abordagem e Adriano não reagiu. "Tá louco. Eu não tinha bala. Se o advogado soubesse disso tinha me batido. Ele era grande", frisou Adriano. "Era gente boa, até falei se ele não queria me defender depois que fui preso", completou.

Adriano contou aos policiais onde estava o comparsa e Fabiano foi preso dentro do banco, com os pertences e dinheiro da vítima. "Eu nem consegui sacar. Demorei porque tinha que colocar umas letras e eu não sabia", relatou o rapaz. Os dois foram conduzidos ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), situado no 8.º DP, onde foram autuados por roubo.

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