Após dois anos, investigadores não acham casa da vítima

Em 31 de maio de 2012, dois investigadores da Delegacia de Homicídios apresentaram o relatório de uma diligência no bairro Tatuquara. Eles foram à invasão conhecida como Terra Santa para tentar encontrar testemunhas do Inquérito n.º 2.277/10, sobre uma morte ocorrida em janeiro de 2010. Até então, 28 meses depois do assassinato, o único depoimento colhido pela polícia era o da esposa da vítima, que pouco soube dizer sobre o caso.

Encontrar outras testemunhas era fundamental, mas os policiais não tiveram sucesso. Motivo: os moradores haviam sido realocados pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba, a Cohab. Sem saber como chegar ao assassino, o delegado responsável pediu o arquivamento do caso.

Não se trata de uma situação exclusiva. Em novembro de 2012, outra dupla de investigadores foi ao Sítio Cercado para tentar encontrar testemunhas. Eles trabalhavam no Inquérito n.º 11.447/10, da morte de A.C.N. O assassinato tinha ocorrido mais de dois anos antes, em agosto de 2008, e novamente a resposta dos policiais foi de que os moradores que podiam informar algo haviam sido removidos. Nem mesmo a casa da vítima foi encontrada. A antiga “Rua Oito”, depois de tanto tempo, ganhou outro nome, e ninguém mais sabia onde ficava a residência.