Amotinados tomam cadeia em Telêmaco Borba

O Centro de Operações Especiais (Cope) a Companhia de Choque da Polícia Militar de Curitiba, e policiais militares de Ponta Grossa foram acionados ontem para controlar uma rebelião na cadeia pública de Telêmaco Borba (região dos Campos Gerais). O motim teve início às 12h, quando começavam a ser servidas as marmitas.

As equipes da polícia se prepararam para invadir as instalações às 21h, mas por falta de energia elétrica na cadeia, a estratégia foi alterada e houve nova rodada de negociação para tentar colocar um fim ao motim. Até o fechamento da edição a rebelião ainda não havia sido controlada.

Os rebelados tentaram render o carcereiro que servia o almoço. Ele escapou e um plantonista disparou tiros para o alto, a fim de tentar controlar o tumulto. Como não conseguiram render o policial, os amotinados fizeram dois outros presos reféns. A dupla foi espancada com violência. A última informação que se tinha deles era de que ambos estavam conscientes.

A cadeia de Telêmaco Borba tem o mesmo problema de praticamente todas as cadeia do Paraná: superlotação. A capacidade é para 80 detidos e ontem abrigava em torno de 200 presos.

Os detentos quebraram paredes e estavam armados de estoques. Também levaram colchões para o pátio e atearam fogo. Construíram uma barricada para bloquear o acesso principal às celas e impediram a entrada do Corpo de Bombeiros.

A situação da cadeia é caótica. No dia 10 de maio, 18 presos escaparam por um túnel que dava acesso a um quintal vizinho da unidade. Seis deles roubaram um carro para completar a fuga. Dez deles ainda não foram recapturados.