Violência e cratera afetam confiança do consumidor

Atos de violência no Rio de Janeiro e a repercussão negativa da cratera aberta em obras do metrô em São Paulo levaram à forte desaceleração do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que subiu 0,6% em janeiro, em comparação com o resultado de dezembro – recuando de uma alta de 2,2% em dezembro em relação a de novembro. A avaliação é do coordenador de Analises Conjunturais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloísio Campelo.

"Esses eventos, embora pontuais, deram uma diminuída no ânimo do consumidor", afirmou ele.

O economista ressaltou, porém, que esses fatores são sazonais e não devem continuar a afetar o resultado do ICC no mês que vem. "Mas as questões pontuais não explicam tudo. Houve uma perda de satisfação do consumidor com o crescimento econômico, que ainda está muito lento", disse.

Segundo Campelo, o resultado total do índice foi influenciado pelos resultados regionais do ICC nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, que foram as mais afetadas pelos problemas com violência e pela cratera do metrô, respectivamente.

O economista informou que, no Rio de Janeiro, o ICC caiu 1,7% em janeiro em relação ao resultado de dezembro; já em São Paulo, o indicador teve queda de 0,6% no mesmo período.

O Índice de Situação Atual, um dos componentes do ICC, subiu 0 7% em janeiro no Rio; esse mesmo indicador teve queda de 3,5% em São Paulo, no primeiro mês do ano.

"Esses resultados foram muito baixos. Em janeiro de 2006, o Índice de Situação Atual subiu 4,3% em São Paulo; e, no Rio de Janeiro, houve alta de 5,1% (do Índice de Situação Atual)", afirmou.

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