Violência e agressões em Caio Martins após a derrota do Botafogo

O estádio de Caio Martins foi palco de uma série de incidentes ao final da partida deste domingo, em que o Botafogo perdeu para o Corinthians por 2 a 1 e voltou a ficar seriamente ameaçado pelo rebaixamento para a segunda divisão. Furiosos com mais esta derrota, torcedores arremessaram pedras, chinelos, pares de tênis e copos no gramado e, por pouco, não derrubou os alambrados. O presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, curiosamente, não condenou a atitude dos torcedores e disse que se fosse um deles faria o mesmo.

"A torcida apoiou o tempo inteiro mas, no fim do jogo, bateu o desespero. O que posso fazer?", lamentou o dirigente. Com a derrota, o Alvinegro permaneceu com 50 pontos na tabela de classificação e ameaçado de ser rebaixado para a Série B. Na última rodada enfrenta o Atlético-PR. "Agora é acalmar o pessoal durante a semana, porque ainda dependemos somente de nós para sairmos dessa situação."

A maior vítima do tumulto generalizado foi o funcionário público Mauro Alves Reis, de 48 anos, que estava em Caio Martins acompanhado por suas duas filhas, Cristiane e Vanessa, de 19 anos e 15 anos, respectivamente. Ele foi agredido por um policial militar. Atendido na ambulância localizada no gramado e levou 11 pontos na cabeça, por causa dos golpes de cacetete.

"Um torcedor subiu no alambrado e um policial veio afastá-lo. Na confusão, ele chegou a apontar um revólver para todos que estava ao redor", disse Reis, que mora em Niterói e registrou queixa em uma delegacia policial. "Quando abriu o portão levei uma cacetada na cabeça, sorte que não atingiu minhas duas filhas. Sempre venho ao Caio Martins e nunca me aconteceu nada", disse.

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