Último líder da quadrilha de Naldinho é preso em Santos

Um dos líderes da quadrilha do traficante Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho, foi preso nesta quinta-feira (24) em um apartamento no bairro do Gonzaga, em Santos, na Baixada Santista. Silvio José Moreira Vasconcellos, de 37 anos, conhecido como Cabeça, estava com a prisão preventiva decretada há dois anos. O traficante Naldinho e grande parte da sua quadrilha, inclusive o filho de Pelé, Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, foram presos em junho de 2005 durante a "Operação Indra" que desmantelou a quadrilha de tráfico de drogas em Santos.

De acordo com o Delegado Titular do Grupo de Operações Especiais (GOE), Carlos Alberto da Cunha, Cabeça trabalhava com o transporte do entorpecente (que vinha do Rio de Janeiro para ser distribuído na Baixada Santista) e era ele quem cuidava de um sítio em Ribeirão Pires, que servia de esconderijo para a quadrilha. "O nome e a voz dele aparecem nas interceptações telefônicas que foram feitas pelo Denarc diversas vezes", afirma o delegado.

Cabeça foi denunciado por tráfico de entorpecentes, associação com o tráfico e formação de quadrilha. Segundo Cunha, o traficante poderá ser condenado a de 6 a 18 anos de prisão. Agora, a polícia está tentando a transferência de Cabeça para fora da Baixada Santista – possivelmente para a Penitenciaria de Andradina (SP). "A quadrilha a que ele pertence tem uma divergência com a facção criminosa daqui da região. Parece que ele está jurado (de morte)". Nas penitenciárias da Baixada Santista, é forte a presença de criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Já a quadrilha de Naldinho tinha uma conexão com o Comando Vermelho.

A Polícia chegou ao criminoso após uma denúncia anônima. Por volta das 9h30, agentes do GOE entraram no apartamento onde Cabeça morava, no bairro do Gonzaga, área nobre de Santos. Apenas ele e a empregada, que abriu a porta para os policiais, estavam no local. Cabeça estava em seu quarto, dormindo. De acordo com a polícia, ao que tudo indica, o apartamento pertence à família do traficante. "Um apartamento, num prédio discreto às vezes passa muito mais despercebido do que na favela. A atuação da polícia é nessa área com concentração de marginais (favelas) e ele estava numa área que ele passa despercebida", completou o delegado.

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