STF investigará atuação de Mentor na CPI do Banestado

A pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um inquérito para investigar a acusação de que o deputado federal José Mentor (PT-SP) teria recebido R$ 300 mil para excluir o nome do doleiro Richard Andrew de Mol Van Otterloo do relatório final da CPI do Banestado. José Mentor foi o relator da CPI, que funcionou em 2003 e 2004.

Em um despacho de apenas um parágrafo, datado de 7 de junho, Cezar Peluso determinou que o inquérito fosse remetido à Polícia Federal (PF) para a realização de quatro diligências. O conteúdo dessas diligências não foi revelado pelo Supremo, nem pela Procuradoria Geral da República.

A nova acusação contra José Mentor surgiu num depoimento espontâneo prestado por Otterloo a integrantes do Ministério Público do Estado de São Paulo. Com o depoimento, o doleiro tinha a expectativa de reduzir uma pena de seis anos de prisão à qual foi condenado pela Justiça. "Tal valor (R$ 300 mil) foi efetivamente pago em espécie (reais) em um flat localizado no bairro do Itaim Bibi, nesta capital, ao intermediário indicado por José Mentor", afirma o termo de declaração.

Após o depoimento, foi encaminhada à Câmara uma representação pela Promotoria de Justiça da Cidadania de São Paulo para apurar suposta participação do deputado. Por esse motivo, além do inquérito no STF, foi aberta uma apuração na Corregedoria da Câmara para investigar se as acusações feita por Otterloo têm fundamento.

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