O governo não vai transferir recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor privado, e nem mexer no sistema de crédito direcionado, diminuindo os seus recursos.
A garantia é do presidente Banco Central (BC), Henrique Meirelles, que se reuniu hoje com o presidente do BNDES, Guido Mantega, na sede do banco no Rio de Janeiro, para tratar de temas do interesse das duas instituições. "Não há no momento no governo nenhum estudo ou consideração que vise transferir recursos do BNDES para o setor privado, disse.
Mirelles informou que o BNDES é "prioridade absoluta", e que desempenhará um papel importante no financiamento do crescimento do país. Para isso, segundo ele, "não há dúvida que o cumprimento do orçamento do BNDES (R$ 60,8 bilhões em 2005) é fundamental para que a indústria nacional e a capacidade de produção do país continuem a crescer.
O presidente do BC também destacou os bons resultados da economia nacional, afirmando ser este "um momento de celebração da economia brasileira. O momento do investimento", disse. Mantega, também destacou o atual momento da economia, afirmando que o país dá "o primeiro passo para um novo ciclo de desenvolvimento". E que para isso o crédito direcionado é importante, "e não se cogita a sua diminuição".
Ele disse ainda que o Fundo de Amparo ao Trabalhador (Fat) é a principal fonte de recursos para o crédito direcionado, "e não há nenhuma idéia no governo de facultar o Fat para o setor privado".