Chamado de ?burro? pela torcida durante o empate por 1 a 1 com o Rio Branco, sábado, no Pacaembu, Emerson Leão terá semana dura pela frente, com dois jogos decisivos. Quinta-feira, o adversário é o Pirambu, no Pacaembu.
O Corinthians precisa de um 0 a 0 – ou qualquer vitória – para seguir na Copa do Brasil. Um eventual tropeço significaria um dos maiores fracassos da história corintiana. Domingo, pega o Palmeiras, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista.
Apesar da pressão, Leão garante que não jogará a toalha, mesmo que o Corinthians tropece nesses dois jogos. O problema é que ele também enfrenta forte rejeição dentro do clube. O líder da oposição, Andrés Sanchez, o quer longe do Parque São Jorge. E até alguns simpatizantes do presidente Alberto Dualib são contrários à permanência do técnico, que anda visivelmente nervoso nas últimas semanas.
Leão se desentendeu com uma repórter da TV Record na chegada do Sergipe, quinta-feira, no Aeroporto de Cumbica. No sábado, após o jogo com o Rio Branco, deixou o campo ofendendo um fotógrafo. Percebeu o erro e, depois, pediu-lhe desculpas.
?Estou sendo pressionado a todo momento?, comentou Leão, reconhecendo o nervosismo. ?Tenho que pensar cem vezes antes de tomar certas atitudes, pois sou o treinador de uma time que não ganha e estou sendo provocado a todo momento.
O nervosismo do treinador parece estar, também, contagiando o elenco. Anteontem mais dois jogadores corintianos foram expulsos: Bruno Octávio e Betão. Até agora, neste início de ano, o time já recebeu nove cartões vermelhos, número impressionante. Leão não vê, no entanto, relação das expulsões com seu comportamento fora de campo.
Amanhã haverá eleição no Conselho e votação para aprovação das contas da gestão Dualib. Se elas forem rejeitadas, a oposição diz que pedirá o impeachment do presidente. Nesse caso, Leão dançaria junto.