"Eu ia morrer mesmo"

Tiros que mataram vereador podem ter partido de vigilante, diz sobrevivente

Quatro pessoas morreram no ataque contra um comboio de carros-fortes na BR-277. Foto: Gerson Klaina/Arquivo.
Quatro pessoas morreram no ataque contra um comboio de carros-fortes na BR-277. Foto: Gerson Klaina/Arquivo.

Os disparos que terminaram com a morte do vereador Elton Alexandre Aguiar Matta (PV), durante uma tentativa de assalto a um comboio com cinco carros-fortes na BR-376 em Palmeira, nos Campos Gerais, podem ter partido dos vigilantes. Além da morte do vereador, os tiros disparados no momento da ação atingiram o vereador Miguel Calixto (PSD), que segue internado em estado grave, em coma, após passar por uma cirurgia no rosto.

Segundo o vereador Edival do Nascimento (PR), o trio se escondeu atrás de um caminhão quando os tiros começaram. “Aí o cara desceu do carro-forte, meteu a arma na gente e falou ‘vem que eu vou atirar’. A bala passou por mim e pegou meu amigo que estava atrás. Eu vi que meu amigo caiu e eu parti pra cima, eu ia morrer mesmo. O cara então deu mais uns 4 ou 5 tiros e pegou o outro amigo meu”, disse o vereador em declaração à imprensa momentos após a tentativa de assalto.

Apesar da declaração do vereador, apenas a perícia feita pela criminalística poderá apontar de onde partiram os disparos.

Mulher relata pânico

A esposa de Miguel Calixto, o vereador que segue internado em coma, contou que os bandidos chegaram a pedir para todos deitarem no chão. “Foi um horror. Uma hora de tiroteio, muito apavorante. Ao lado deles tinha um casal e a mãe chegou a deitar em cima da criança, desesperador”, disse Ana Maria Calixto, esposa do vereador.

Solidariedade

A empresa Proforte informou, em nota, que os vigilantes passam por treinamentos e fizeram uma manobra no local para tentar neutralizar o ataque dos marginais. A empresa manifestou solidariedade às vítimas.

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