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Quadrilha que alugava armas para outros bandidos é pega com R$ 53 mil e drogas

Com a quadrilha, polícia encontrou armas, drogas e muito dinheiro. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

O tráfico de drogas do bairro Parolin, em Curitiba, sofreu um “baque” esta semana. Seis pessoas – cinco mulheres e um homem – responsáveis por gerenciar a distribuição de crack no bairro foram presas. O local, que também era usado como centro de distribuição da droga, foi “estourado” pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).

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O delegado Rodrigo Brown explicou que a primeira prisão foi no dia 9 de setembro. Uma mulher foi pega num apartamento no Sítio Cercado com armamento pesado, como fuzis, metralhadoras e pistolas, além de munições. As armas, diz ele, eram alugadas para outros criminosos praticarem roubos a bancos e tráfico de drogas. O companheiro dela, Leonardo Vinicius Rodrigues Wash, 19 anos, apontado como líder de todo o bando, conseguiu escapar. Nesta primeira prisão, a polícia já sabia que o negócio do bando não era só o aluguel de armas, mas também o tráfico de drogas no bairro Parolin.

Com essa prisão, as investigações evoluíram e a polícia conseguiu sete mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (19). Num dos endereços, um apartamento no bairro Novo Mundo, não havia ninguém. Mas a polícia encontrou bastante munição calibre .40 e R$ 53 mil em dinheiro. Acredita-se que o local era usado apenas para guardar parte do dinheiro da quadrilha.

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Ao todo, foram presas seis pessoas - uma delas já no dia 9 de setembro. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Ao todo, foram presas seis pessoas – uma delas já no dia 9 de setembro. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Distribuição

Já numa casa do Parolin a polícia prendeu em flagrante Estéfani Lautério Correa Moraes, 19 anos, Taynara de Souza Rodrigues Cid, 25 anos, Arielle Mendes de Souza, 26 anos, e Andreia Nunes de Souza, 31 anos. Conforme o delegado, a casa era usada única e exclusivamente usada como centro de distribuição de drogas. “Todos os dias as quatro recebiam uma pedra de um quilo de crack e tinham o trabalho de cortar as pedras, embalar algumas individualmente para a venda direta ao usuário e outras em buchas de 50 pedras, que distribuíam para os ‘vapores’ (pequenos vendedores de droga)”, afirmou Brown.

Na casa a polícia apreendeu, além de quatro mil pedras já cortadas e embaladas, mais outras pedras maiores, ainda em processo de divisão (que certamente dariam muito mais do que as 4 mil já embaladas), além dos materiais usados para embalar, como fardos de sacolas plásticas tesouras, facas, velas (usadas para “lacrar” a ponta das buchas com 50 pedras), balanças de precisão e outros objetos. “A mesa onde elas trabalhavam chegava a ser encardida, de tanta pedra que já devem ter cortado ali”, disse Brown.

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Motel

Como a companheira de Leonardo já tinha sido presa e ele sabia que a polícia deveria estar em busca dele, o rapaz passou a não frequentar os mesmos lugares e a cada noite dormia num motel diferente. Depois da prisão das quatro mulheres, a polícia conseguiu um mandado de prisão preventiva contra ele e o localizou num motel em Santa Felicidade.

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