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Presos que estão na Delegacia de Piraquara, cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) gravaram um vídeo reclamando da superlotação dentro da cadeia. Num espaço para 18 pessoas, eles alegam que há 90 presos. Por isso, gravaram as imagens, pedindo que as autoridades tomem uma providência.

Cela da Delegacia de Piraquara. Foto: Colaboração

O vídeo chegou à Tribuna do Paraná na tarde desta sexta-feira (20) e mostra pessoas em pé, apertadas umas ao lado das outras, praticamente sem espaço para sentar e muito menos, deitar. Um porta voz do grupo diz que, além da superlotação, as condições sanitárias estão péssimas.

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Afirmam que há água escorrendo por todos os lados, os colchões estão molhados e não dá para levantá-los para secar ou evitar que molhem, causando doenças diversas nos presos, como bronquite e pneumonia. Ainda dizem que eles estão sem tomar banho de sol, além de afirmar que estão sem alimentação e visitas. Mas apesar da reclamação, um preso aparece no vídeo fumando, o que deve piorar a qualidade do ar.

“Esperamos da juíza, do Estado, um parecer para nos mandar para o presídio, pra Colônia, mandar tornozeleira eletrônica. Mas ó como está aqui, lotado. A gente fez errado, tem que pagar. Mas com luz, água, com pátio (banho de sol), como tá na lei. Estamos num curral, num calabouço, isso aqui é um monte de carne. Queremos pagar o que devemos, mas com o mínimo de educação e respeito com o ser humano. Essa cadeia deveria estar interditada, mas tá aqui, recebendo cada vez mais gente”, diz o preso, que ainda ameaça alguma reação dos presos, se nada for feito. “Estamos com uma bomba, prestes a explodir. Porque só colocam gente aqui e não tiram”, disse.

E agora?

Presos afirmam que condições da cela facilitam o surgimento de doenças. Foto: Colaboração
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Questionada, a Polícia Civil respondeu à imprensa com a seguinte nota: “A Polícia Civil está ciente da superlotação da Delegacia de Piraquara e vem trabalhando junto ao Judiciário local e o Depen para que os presos sejam removidos. Na próxima segunda-feira (24) o Departamento Penitenciário irá retirar 24 presos do local, que no momento tem 68.”

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Apesar da polícia reconhecer que o vídeo é legitimo, que se trata da delegacia de Piraquara e de que há de fato superlotação no local, não falam nada a respeito de como um aparelho que faça imagens (câmera fotográfica ou celular) foi parar dentro da cadeia e como o vídeo foi disseminado à público.

Olha o japonês!