Curitiba

Suspeito de matar português com requintes de crueldade é preso ao se apresentar à polícia

Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.

Suspeito de matar brutalmente um português que vivia no Brasil, Diego Rodrigues dos Santos, 29 anos,  foi preso na manhã desta sexta-feira (12), em Curitiba, após se apresentar em uma delegacia, acompanhado de seu advogado. De acordo com a polícia, o estrangeiro identificado como Bruno Guilherme Martins Moreira, 29, foi assassinado em setembro de 2015, após ser baleado, sofrer agressões e ter seu pescoço cortado. Após a morte, seu corpo ainda foi enrolado em um cobertor e abandonado no Rio Passaúna.

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De acordo com as investigações, Bruno veio de Portugal em 2014, junto com sua esposa. Pouco tempo depois, a mulher retornou à Europa e o português permaneceu em Curitiba, vivendo às custas dos depósitos que recebia de sua mãe. Em junho de 2015, a vítima foi morar no bairro Campo de Santana, na casa de Diego, de quem havia ficado amigo.

No dia 7 de setembro de 2015, conforme relatos de testemunhas, Diego chegou do trabalho e se irritou ao se deparar com a Bruno “sentado em frente ao computador, sem fazer nada”. Motivo banal que teria feito ele atirar contra o português e agredi-lo com socos e chutes, antes de arrastar a vítima até a cozinha, onde seu pescoço foi cortado com golpes de faca.

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O corpo de Bruno foi encontrado em um cobertor, no dia 9 de setembro de 2015, por pescadores que frequentavam o Rio Passaúna. E como ele não tinha familiares no Brasil, quem fez o reconhecimento do corpo foi o próprio Diego.

Suspeitas

Ao voltar ao Brasil, a viúva de Bruno viu Diego usando objetos pessoais que eram de seu marido, o que fez com que ela desconfiasse do homem. No entanto, segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado por dinheiro, pois o suspeito conhecia os dados bancários da vítima e sabia dos valores que ele recebia mensalmente de sua mãe.

Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.
Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.

Inocência

Diego se apresentou espontaneamente,  ao saber que havia um mandado de prisão em seu nome. Durante a entrevista à imprensa, ele falou com os repórteres e mostrou o rosto abertamente, por alegar inocência. Ele diz que está sendo vítima de uma calúnia da ex-esposa de Bruno e que deseja ajudar a polícia a esclarecer o crime.

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Aos jornalistas, Diego ainda afirmou que acolheu a vítima, deixando que ele que morasse de favor em sua casa, por serem amigos. Ainda segundo ele, Bruno estava sem dinheiro e iria voltar para Portugal com uma passagem que seria enviada pela mãe.

Indiciado por homicídio triplamente qualificado por haver tortura, motivação fútil e nenhum direito de defesa, Diego segue detido, à disposição da Justiça.

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