Crime de 2017

Julgamento de casal que matou menino e escondeu em forno acontece nesta quarta

Casal foi preso pouco depois do crime. Fotos: Divulgação

Acontece, nesta quarta-feira (24), o julgamento do casal acusado de matar de forma cruel um menino de 6 anos e, depois, esconder o corpo dele dentro de um forno, na cozinha da própria residência. Ana Maria de Jesus Gouveia e Claudinei Gonçalves Monteiro estão sendo jugados no Tribunal do Júri de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), cidade onde o crime ocorreu em 2017.

O casal é apontado como autor da morte do menino Izaque Furlan, que, segundo a investigação da época, teria morrido espancado com golpes de tijolo na cabeça e estrangulado com um feio de luz. Os promotores que atuam no caso são Ricardo Baldacin Salgado e Mariana Dias Mariano.

O julgamento, que começou de manhã, deve seguir até tarde da noite desta quarta. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), várias testemunhas foram ouvidas pela manhã e, agora à tarde, ainda havia 14 pessoas para serem ouvidas pelo juiz Marcos Antonio da Cunha araujo, da 1.ª Vara Criminal de Almirante Tamandaré, que preside o Tribunal do Juri no caso.

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Prisões

Ana Maria e Claudinei foram presos ainda durante o começo das investigações na busca pelo garoto. Na época, em 2017, a primeira informação era de o menino estaria desaparecido desde a manhã de uma sexta-feira, dia 25 de agosto daquele ano, e a polícia chegou a iniciar as buscas. Horas depois, Ana Maria confessou o crime contando inclusive detalhes de como tudo aconteceu. O marido, segundo a suspeita da polícia, teve participação no assassinato.

Dois dias depois, em 27 de agosto de 2017, a Justiça decidiu por manter Ana Maria de Jesus Goveia e Claudinei Gonçalves Monteiro presos preventivamente. Na decisão da juíza Liana de Oliveira Lueders ficou destacada a gravidade e a violência empregada pelos dois suspeitos. “Conclui-se que a liberdade dos autuados constituirá ameaça à ordem pública, vez que a prisão, além de prevenir a reprodução de fatos criminosos, também visa acautelar o meio social, dada a periculosidade demonstrada diante da vítima, que, conforme já mencionado, não possuía qualquer possibilidade de defesa e teve ceifada sua vida de forma precoce e cruel”, dizia a decisão na época.

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Como aconteceu

A Tribuna do Paraná teve acesso ao documento policial que pedia a conversão da prisão em flagrante para a preventiva. Aos policiais, Ana Maria contou que, na noite de quinta-feira (24), teve uma desavença com a irmã de Izaque, por causa de uma assinatura de TV a cabo. Ela disse que isso lhe irritou e que tinha a intenção de matar a mãe do menino, mas o marido não concordou e disse que deveriam fazer alguma coisa contra os filhos dela.

Por volta das 7h de sexta-feira, Ana Maria foi até a casa da vizinha, as duas teriam discutido novamente por causa da TV por assinatura e ela voltou para casa. Pouco tempo depois, Ana voltou à casa do menino, dizendo que lavaria roupas, mas era uma desculpa para atrair Izaque.

Ela contou aos policiais que pediu para que o menino buscasse uma pipa na casa dela e, quando a criança chegou, o atacou com um tijolo na cabeça, jogando um tapete por cima do corpo da criança. Fria, a mulher contou que chegou a ouvir choro de Izaque nos primeiros dois golpes com o tijolo envolto em uma meia.

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Confusão em casa

Até então, Ana Maria disse que estava sozinha, pois o marido dormia. Ao ser interrogada pela segunda vez, ela disse que depois que Claudinei acordou, ele ficou nervoso e transtornado, dizendo que um dos dois teria que assumir os fatos.

A mulher disse ainda que o marido sugeriu que pegasse um cabo da enceradeira e enrolasse no pescoço do Izaque, aplicando um nó, o que foi feito. Enquanto isso, a mãe do garoto já procurava por ele e Ana Maria chegou a ir até a casa da vizinha para ver o que estava acontecendo.

Ao voltar para a própria casa, Ana Maria disse que percebeu que o nó feito no pescoço de Izaque estava diferente, parecendo com o nó carioca que Claudinei sabe fazer. “Após, disse que colocou o corpo da criança em uma bolsa e guardou dentro de um fogão, local em que foi encontrado pela polícia”, conclui o documento policial.

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