Nem tudo são flores

Floricultura na Zacarias é alvo frequente dos ladrões; comerciante pede socorro

Banca sofreu oito furtos em dois anos. Foto: Átila Alberti

Para o comerciante André Guedes, de 48 anos, a rotina se tornou sinônimo de medo. Há 12 anos ele tem uma banca de flores na Praça Zacarias, no Centro de Curitiba e, infelizmente, nos últimos dois anos foram mais de oito furtos contabilizados por ele. Nos seis primeiros episódios, ele conta que registrou o fato por meio de boletim de ocorrência, mas, com tantos crimes, ele até abriu mão dos boletins que, segundo ele, não resultam em nada. O último furto aconteceu na madrugada desta quinta-feira (26).

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Arrombamentos e vandalismo preocupam comerciantes da Praça Zacarias. Foto: Átila Alberti
Arrombamentos e vandalismo preocupam comerciantes da Praça Zacarias. Foto: Átila Alberti

“Eu trabalho aqui há muito tempo e a gente fica triste, é sério. O que eu vou te dizer? Eles levam meus produtos, que eu vendo e eles não perdem tempo. Eu saio daqui à noite já pensando se algo vai acontecer. O que me deixa triste é cadê a polícia? Pagamos tudo certinho e não vejo ninguém aqui, nem de dia, nem à noite. Quando eu chego e vejo a porta arrombada, me deixa triste. Sou comerciante e vivo disso”, relatou bastante indignado.

Do estabelecimento, que é repleto de flores e outros objetos decorativos, os ladrões levaram de tudo um pouco. Durante o dia o local parece tranquilo, mas o comerciante revela que à noite a situação é completamente diferente.

“Quando escurece, eles mandam aqui. Neste último furto eles quebraram um vidro, serraram dois cadeados e ainda cortaram com alicate a grade de dentro, ou seja, limites não existem. Eu não tenho palavras para descrever o que sentimos quando isso acontece”, completou.

E a polícia?

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que o 12º Batalhão faz o policiamento preventivo diuturnamente, incluindo operações pontuais com as equipes policiais nesta região, para inibir os crimes. A PM ainda reforçou a importância do BO, já que a aplicação de policiamento é feita por meio da análise dos registros dos crimes, atendendo as regiões que mais necessitam.

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O órgão informou também que a Rondas Ostensivas Tático Móvel (ROTAM), a Radiopatrulha e os módulos móveis atuam na área central, mas que não deixa de atuar em casos de flagrante delito, ou quando é chamada, e que, quando ocorrem, os devidos procedimentos são adotados de acordo com cada caso.

“A unidade aplica ainda, em toda a região Central, o policiamento preventivo do Pelotão Comunitário, criado em 2017 para reforçar a presença da PM na região comercial, incluindo praças e pontos de grande circulação de pessoas, para coibir furtos, roubos e outros crimes”, finalizou a nota.

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