Barbaridades!

Diretora de escola denunciada por maus tratos é indiciada por tortura e castigo

Delegados Ellen Victer e José Barreto deram detalhes de como as agressões eram cometidos em uma escola no Água Verde. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.
Delegados Ellen Victer e José Barreto deram detalhes de como as agressões eram cometidos em uma escola no Água Verde. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Depois de 25 dias de investigação, o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), decidiu indiciar por tortura e castigo Jussara Pazin, de 64 anos, dona e diretoria de uma escola particular para alunos da Educação Infantil (até seis anos) no bairro Água Verde, em Curitiba. A escola foi alvo de uma denúncia por maus tratos.

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Mais de 50 pessoas foram ouvidas pelos investigadores sendo 19 crianças que tiveram a atenção do setor de psicologia em estudo especializado. “Elas eram vítimas destas agressões praticadas pela diretora do colégio. O castigo pode ser empregado como físico e psicológico. Foi verificado que na hora de alimentar as crianças, por exemplo, ela forçava e algumas crianças vomitavam. Depois, ela misturava o vômito com a comida as obrigava a comer”, disse a Delegada Ellen Victer em entrevista coletiva no 1º Distrito Policial.

Outro caso relatado pela investigação ocorria na fila do banheiro, onde Jussava dava palmadas. “Algumas ficavam presas no vaso sanitário por horas a fio e tinham hematomas nas perninhas por ficarem sentadas, tinha ainda o castigo na secretaria, onde crianças ficavam isoladas. Eram formas de agressão”, completou a delegada.

Quando começaram os maus tratos?

As investigações do Nucria apontaram que a escola foi fundada em 1997. Há relatos de ex-alunos que apontam que os problemas são antigos. “Agora, mais velhos, eles relatam que sofreram com algumas atitudes da diretora”, disse a delegada.

Os vídeos que mostram agressão e tortura já estão com os policiais. Além das imagens que circularam em grupos dos pais das crianças e repassados para as autoridades, mais dois DVRs (equipamentos que gravam as imagens das câmeras da escola) foram recolhidos para a análise.

“Esta mulher tenta esganar uma criança e com atos de violência. Todos estes atos geram traumas. Nas novas escolas, as crianças têm medo até dos novos professores. É um grande prejuízo para a saúde mental delas”, reforçou o Delegado José Barreto.

E agora?

Jussara Pazin segue em liberdade e teria recorrido ao apoio de cinco advogados para permanecer solta. No entanto, não terá vida fácil pela frente. Pelos crimes de tortura e castigo, a pena é de 2 a 8 anos por cada criança.

Escola Fechada

A escola, que não teve o nome revelado oficialmente pela polícia, está fechada até o momento. A dona tem duas filhas, com as quais gerenciava o negócio. Elas decidiram não reabrir o colégio por conta da exposição do caso e, naturalmente, cancelamento do contrato por parte dos pais.

*Até que as investigações envolvendo esta denúncia sejam completamente concluídas, não divulgaremos o nome da escola. Comentários com este teor serão moderados.

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