Reforma política é defendida pela Associação dos Políticos Católicos

A bandeira da ética sustentada pelo PT caiu, mas ainda resta a esperança. A avaliação é do bispo de Petrópolis e responsável pela Associação dos Políticos Católicos do Rio, dom Filippo Santoro, que, neste sábado, coordenou debate sobre reforma política na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Segundo ele, é possível que a reforma aconteça antes das próximas eleições, mas considera essa hipótese muito difícil.

"O objetivo principal é o de pensar não apenas em denúncias. É claro, as denúncias são importantes e mudam a situação, ajudam a gente a não ficar mudo diante de tudo o que está acontecendo. Mas o objetivo é começar a pensar em uma reforma do Estado, uma reforma política", disse dom Santoro. O clérigo é bispo de Petrópolis, cidade serrana que teve a reforma da catedral, orçada em R$ 1,1 milhão, paga com dinheiro que o petebista Roberto Jefferson conseguiu nas estatais Petrobras, Eletrobrás e IRB.

O bispo considera positiva a aproximação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva das massas, mas prega que ele "deve chegar a dizer ao povo brasileiro toda a verdade, tudo aquilo que sabe, porque é a premissa para a reconstrução". Dom Santoro destacou também que Jefferson tem significado para o atual processo político e disse que reza por ele e para que a vida política do País possa ser transparente.

As CPIs são imprevisíveis, na opinião de dom Dimas Lara Barbosa, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio. "A história dessas CPIs no Brasil mostra que tudo é imprevisível. De repente pessoas que eram completamente insuspeitas acabam sendo jogadas no fogo cruzado. O perigo de manipulação é grande, o perigo de pizza é grande. Eu sinceramente não sei se é prevísível o resultado. Eu sei que o País inteiro espera apurações rigorosas e desdobramentos efetivos", afirmou.

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