A Receita Federal iniciou hoje, no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins a operação "impacto" de fiscalização de contribuintes com indícios de sonegação do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A superintendência da Receita Federal da 1ª região fiscal, que abrange esses Estados, designou cerca de 200 fiscais para trabalharem na operação.
De acordo com o superintendente da 1ª região, Nilton Tadeu Nogueira, 2002 contribuintes começaram a receber a partir de hoje intimação do fisco para prestarem contas das informações declaradas do Imposto de Renda. Esse grupo de contribuintes foi selecionado porque apresenta fortes suspeitas de ter fraudado a declaração. Eles terão 20 dias, a partir do recebimento da intimação, para responderem e darem as explicações aos fiscais da Receita.
Nogueira informou que os casos mais comuns de sonegação são omissão de rendimentos e informações incorretas de despesas médicas, dependentes e aluguel e venda de imóveis. Também há casos de funcionários públicos que usam irregularmente o livro caixa, uma contabilidade aceita apenas para os profissionais autônomos.
O superintendente admitiu que a operação tem caráter educativo nesse momento de apresentação da declaração do IRPF de 2006. "Queremos mostrar ao contribuinte que tentou enganar o Fisco que o risco é muito grande e que ele com certeza vai cair nas garras do leão", disse Nogueira. A seleção dos contribuintes que serão intimados foi feita com base nas declarações do IRPF dos últimos cinco anos.
Em 2005, a Receita Federal nesses quatro Estados e no Distrito Federal fiscalizou 1.677 contribuintes, o que gerou autuações no valor de R$ 32,2 milhões. Em 2004, foram 1.545 contribuintes para um total de R$ 23 milhões de autuações.