Rebelo diz que ninguém ‘velejará’ na crise de credibilidade da Câmara

Brasília (AE) – Na reunião em que a Mesa Diretora da Câmara decidiu enviar ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa os processos contra 13 deputados, o presidente da Câmara Aldo Rebelo (PC do B-SP), alertou que nenhum deputado "velejará" na crise de credibilidade da Casa, se a instituição e os órgãos que a compõem afundarem.

O objetivo de Rebelo foi mostrar que uma possível desmoralização da Câmara atingirá todos os parlamentares. A observação está registrada na ata do encontro divulgada hoje pela Secretaria-Geral.

O registro escrito relata as intervenções feitas pelos participantes do encontro e as decisões tomadas. "Assegurou (Rebelo) que, quando a preocupação é a defesa, a melhor forma de preservar os direitos de quem tem direito é lutar pela recuperação do prestígio e da autoridade da Câmara e de seus órgãos, salientando que ninguém velejaria na crise de credibilidade da Casa se a instituição e seus órgãos afundassem" registra o documento.

O presidente da Câmara também demonstrou a convicção de que a Mesa não é a instância da Casa para julgar a culpa dos deputados acusados de suposto envolvimento no esquema de "mensalão".

Hoje, cinco deputados petistas recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra parecer elaborado pela Comissão de Sindicância da Corregedoria e que foi aprovado pela Mesa.

"Declarou (Rebelo) que seria razoável que todos fizessem juízo da culpabilidade de a, de b ou de c, mas não acreditava que ele exercesse ali, pois, ao criar instâncias com autonomia para tomar certas posições, a Mesa quase abdicara ou transferira juízos e responsabilidades", assinala. Por mais de uma vez, ele falou na reunião da conduta que deveria orientar as decisões da Mesa – de justiça, de isenção e de equilíbrio – e disse aos participantes que poderiam "ter a convicção de que, de sua parte não verão nenhuma atitude de pusilanimidade".

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