Queda de juros favorece cenário otimista para 2007, avalia associação

O diretor da Associação Nacional dasInstituições do Mercado Financeiro (Andima), Marcos AlbinoFrancisco, avalia que a queda constante da taxa básica de juros, promovida pelo governo nos últimos meses, deve beneficiar o crescimento do mercado de ações em 2007.

Noano passado, as empresas brasileiras captaram no mercado um total de R$125 bilhões em recursos. O paradigma do mercadobrasileiro está mudando, e estamos entrando numa nova era para a economia brasileira, diz ele. "Não vejo nenhum problema que possa surgir, mesmo no cenário mundial, porquehoje em dia nós já estamos com uma segurança muito grande nas nossascontas externas."

"A formação de reservas que o país vem fazendo aolongo dos anos de 2005 e 2006 criou um colchão de liquidez muitobom para a economia brasileira, e a firmeza da condução dapolítica econômica vem trazendo para o país um benefício muitogrande, continua ele. "A gente percebe issopelas consultas que se vê no mercado e pelo volumecrescente de aportes de recursos na economia nacional.

Para Francisco, esse quadro vai trazer facilidades para as empresas, em vários aspectos.Tanto o crédito privado para as empresas como a abertura de capital,com novas ofertas públicas de ações no mercado brasileiro, vãoencontrar tomadores, porque os investidores nacionais eestrangeiros estão de olho na economia brasileira."

Como uma tendência do mercado, Francisco prevê que o Brasil vai experimentar tambémeste ano um crescimento acentuado dos créditos imobiliários. O Brasilestá entrando em uma nova fase e daqui a pouco a gente vaicomeçar a verificar o mercado de hipoteca no setor imobiliário,que é a grande promessa para 2007/2008, diz ele.

Os investimentos estrangeiros encerraram o ano de 2006 na Bolsa de Valoresde São Paulo(Bovespa) com um fluxo de R$ 1,752 bilhão. Segundoinformação da assessoria de imprensa da entidade, as aplicações feitaspor investidores estrangeiros lideraram a movimentação financeira daBovespa no ano passado, mostrando participação de 35,5% do volumetotal, contra 32,8% em 2005.

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