Presidente do BB nega aparelhamento petista no banco

 presidente interino do Banco do Brasil (BB), Antônio Francisco de Lima Neto, rechaçou nesta sexta-feira (15) as acusações de que houve um aparelhamento petista na estrutura executiva da instituição. Segundo ele, o banco tem como principal filtro para nomeação de seus executivos a capacitação técnica. "Os cargos executivos no BB são ocupados por critérios técnicos. Há um processo de seleção, que não é simples, para que o funcionário ocupe determinada função", argumentou.

Lima Neto afirmou que, se for confirmado no cargo, pretende manter a equipe atual, inclusive os vice-presidentes Adézio Lima (crédito) e Luiz Oswaldo Sant’lago (gestão), que são ligados ao PT. "São técnicos excelentes", elogiou. De acordo com ele, é uma injustiça dizer que o ex-presidente do BB, Rossano Maranhão, foi um "caçador de petistas" dentro da estrutura do banco. "Ele nunca olhou vinculação partidária", afirmou.

Para Lima Neto, como o banco se pautaria por critérios técnicos para nomear seus executivos, "não é razoável falar em despetização". Questionado sobre o fato de que os escândalos nos quais o BB foi mencionado recentemente tiveram sempre participação de funcionários ligados ao PT, ele respondeu que, todo dia, a instituição lida com erros de alguns de seus 80 mil empregados e que as falhas sempre são e estão sendo apuradas. "Tem gente boa do PT e de fora do PT. Os executivos que temos são bons profissionais", disse.

O presidente interino informou não ter vínculo com nenhum partido político e alegou que a ausência de dois vice-presidentes ligados ao PT, no café da manhã realizado com a imprensa, ocorreu porque eles estavam fora de Brasília, em compromissos do banco. Especificamente sobre os ex-diretor da área de risco do BB, Expedito Veloso, envolvido no escândalo do dossiê Vedoin, o executivo classificou o episódio de uma "conduta pessoal", que não tem relação com o banco.

Lima Neto afirmou não acreditar que a direção do BB sofrerá pressões do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para trabalhar com taxas de juros menores. "Isso não acontecerá, mesmo porque nunca houve ingerência do ministro na gestão do banco, como por exemplo pressão para baixar as taxas de juros que o banco opera" afirmou. O presidente do BB afirmou que Mantega, ao conversar sobre a troca de comando da instituição, quer que o banco atue alinhado com as políticas públicas do governo e com o esforço para o maior crescimento econômico.

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