Presidente do BB afirma que banco não sonega informações para CPI

O presidente do Banco do Brasil (BB), Rossano Maranhão, desmentiu hoje o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), dizendo que a instituição não sonega informações para a CPI, que apura supostos desvios de recursos da Visanet – que tinha contrato com o BB – ao "valerioduto". "O BB não deixou de entregar nenhuma informação à CPI dos Correios em relação ao caso Visanet", afirmou, na sede do banco, onde apresentou o balanço da instituição financeira.

Na quinta-feira (16), Serraglio acusou a diretoria da instituição de querer dificultar o acesso dos parlamentares aos dados sobre a relação entre a estatal e a Visanet. A comissão investiga o destino de R$ 9,1 milhões pagos pelo BB à Visanet para publicidade e que não foram usados para esse fim. A suspeita é de que os recursos abasteceram o suposto "mensalão".

Maranhão afirmou que o resultado da auditoria do contrato da Visanet com o BB foi entregue à CPI e "amplamente divulgado, inclusive está disponível na internet". O executivo do banco estatal destacou que a CPI pediu informações adicionais sobre o contrato, mas acrescentou que o BB está dentro do prazo para enviar tais informações aos parlamentares.

Maranhão afirmou também que a crise política não afetou o banco, embora tenha "drenado certo nível de energia" pelo fato de o BB ter deixado alguns funcionários à disposição da CPI. "Conseguimos superar com tranqüilidade esta questão (a crise). O banco é muito grande para que isso afete seu resultado", disse

Em 2005, os gastos de propaganda do BB somaram R$ 172 milhões ante R$ 264 milhões em 2004. Essa queda, de acordo com o presidente do BB, deveu-se ao fato de que houve um redesenho de todo o processo de aprovação dos investimentos em publicidade. "Esse redesenho, naturalmente, reduziu os recursos aplicados na área", ressaltou. A mudança foi provocada pelo estouro da crise, que envolveu o banco por meio do ex-diretor de Marketing Henrique Pizzolato, acusado de envolvimento com o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza no esquema de repasse de recursos a parlamentares.

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