Depois de muitos desencontros, o governador Roberto Requião (PMDB) desistiu de pedir de volta o projeto que prevê a participação do Estado nos consórcios intermunicipais para tratamento e armazenagem de lixo em aterros sanitários. A matéria foi aprovada na sessão de ontem, em segunda discussão, depois de várias rodadas de negociações entre a bancada governista, que não havia chegado a um acordo sobre a proposta.
O texto aprovado foi o substitutivo elaborado pela comissão de Meio Ambiente, que incluiu sessenta e seis cidades no projeto original do governo, que limitava a participação do Estado aos consórcios de gestão de resíduos sólidos de Curitiba e região metropolitana. A bancada governista também rejeitou emenda apresentada pelo deputado Dobrandino da Silva (PMDB), que excluía Foz do Iguaçu, sua base eleitoral, da lista de cidades onde o Estado pode se associar ao município para participar da gestão do lixo.
A bancada de oposição defendia o projeto original, alegando que o governo não consultou os demais municípios sobre o interesse em se associar ao Estado. A liderança do governo argumentou que a aprovação do projeto pela Assembléia Legislativa não obriga as cidades a fazerem parceria com o Estado. De acordo com o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), a decisão de aceitar a participação do Estado no consórcio depende de lei municipal.